20180706 - Concerto J.C. Satàn | Warm Up Super Bock Super Rock'18 @ Sabotage Club
Concertos Reportagens

SBSR warm up com J.C. Satàn, muito mais que o prólogo de um festival

Na noite da passada sexta-feira o Sabotage Club recebeu a festa de warm-up dedicada à edição de 2018 do Super Bock Super Rock.

20180706 - Concerto J.C. Satàn | Warm Up Super Bock Super Rock'18 @ Sabotage Club

Os franceses J.C. Satàn que editaram recentemente Centaure Desire, haviam passado por cá em 2016 aquando da terceira edição do Reverence Valada tendo protagonizado um concerto cheio de energia e uma fabulosa distorção na primeira noite do festival.

Dois anos depois reencontramo-los num cenário completamente diferente mas que se revelou apropriado à prestação que a banda ofereceu à entrada deste fim de semana.

Os J.C. Satàn possuem uma ousadia muito própria e um humor um pouco transgressor e sexy. São provocadores natos, não é nada fabricado, são mesmo assim. Gostam de arriscar e de chocar, quer pela sonoridade das suas músicas ora agressivas no conteúdo e na forma, ora desafiando tudo o que está para trás e faz parte da sua identidade mais vincada e reconhecível, ora reforçando esses mesmo traços quase até ao osso.

20180706 - Concerto J.C. Satàn | Warm Up Super Bock Super Rock'18 @ Sabotage Club

I Won’t Come Back e No Brain No Shame a darem o mote mais ou menos morno, para logo entrarem com Centaure Desire, onde se mostram muito mais perto daquilo com que os identificamos, aquela mescla de agressividade sensual entre guitarras, sintetizadores e efeitos provocados e provocadores. Se é certo que os J.C. Satán mostram várias facetas na sua sonoridade, como em Erika ou The End do último álbum, a verdade é que o público se reconhece muito mais em músicas como Satan II que chegam mesmo a tocar duas vezes, ou Cristal Snake onde destilam toda a sua força, ou então o humor nessa noite pedia distorção a fundo, algo que o público inclusivamente verbalizou junto da banda.

Toda essa explosão de energia do quinteto fez com o tempo parecesse voar. O público pediu mais, mas as 16 músicas que tocaram de uma assentada e com umas pitadas de humor negro à mistura não se alongaram mais que isso, fazendo deste prólogo, um prólogo inolvidável para o SBSR’18.

Texto – Isabel Maria
Fotografia – Luis Sousa