2015 Backstage Festivais Reportagens Reverence

Entrevista com Nick Allport, diretor artístico do Festival Reverence Valada

É sempre um prazer voltar ao bucolismo de Valada do Ribatejo, ainda para mais se for para dois dedos de conversa com Nick Allport. Com a segunda edição do Reverence Valada Festival prestes a começar, o Música em DX foi recebido pelo inglês com a simpatia que lhe é costumeira, revelando-se empenhado em tornar o festival numa experiência cada vez melhor para as massas que acorrem a este cantinho do Ribatejo para horas a fio de música e descontração. Com uma paixão pouco comum pela música e um saber quase enciclopédico (consta que, nas suas palavras, tenha ido a qualquer coisa como 111 concertos em 1987), Nick mostrou-nos o recinto e falou-nos no festival com uma franqueza de quem já tem muitos anos disto.

Música em DX – Se a primeira edição do Reverence foi o ano de afirmação, a segunda já será de consolidação. O que podemos esperar desta nova edição?

Nick – Nós tentámos mantê-la idêntica à do ano passado, mas também pedimos feedback das pessoas no Facebook e obtivemos imensas respostas. A maior parte foi positiva, mas houve algumas coisas que as pessoas queriam que fossem solucionadas. Basicamente, foram questões de logística, como melhor iluminação no campismo e melhor comida, coisas fáceis de resolver. Na primeira edição seria sempre difícil convencer vendedores de comida a virem cá por não saberemos se as pessoas adeririam, mas esse tipo de situações foi resolvido.

Houve, contudo, no meu ponto de vista, um tipo de queixa que eu achei estranho, que foi haver demasiadas bandas e os sets serem curtos. Primeiramente, íamos reduzir o número para 20 bandas por dia, mas depois achei que o festival não ia ter o mesmo impacto com menos bandas. O que fizemos foi pegar neste palco, que antes era o Sabotage e agora é o Praia, e metemo-lo com bandas a tocar o tempo todo, das duas da tarde às seis da manhã, ao mesmo tempo que os outros palcos. No ano passado, quando tínhamos concertos no palco principal, os outros dois paravam. Esta alteração permite-nos ter quase tantas bandas como no ano passado, agora são 24 mais as Sunrise Sessions, e cada performance terá no mínimo 40 minutos. Algumas terão 40 minutos, outras 50, os Sleep terão 90 minutos…

Música em DX – É quase o tempo que precisam para acabar 4 ou 5 canções…

Nick – (Risos) Sim, e neste ano teremos intervalos mais longos. No ano passado as mudanças no palco demoravam 20 minutos, o que é mesmo intenso e difícil, muitos promotores não gostam disso. Uma situação dessas pode levar a atrasos e no ano passado levou ao atraso de uma hora, o que, quando estás a organizar um festival que dura até às 6 da manhã, tem muita importância. As bandas mais tardias tocarão uma hora depois e muitos conjuntos internacionais não gostam disso.

Música em DX – Sim, um dos momentos chave do ano passado foi aquele concerto de Jiboia com o Sol a nascer.

Nick – (Risos) Eu já me tinha ido embora a essa hora! Mas eu vi o vídeo e foi uma loucura. Só o facto dos portugueses ainda estarem a dançar àquela hora, depois de estarem no festival o dia todo… É a diferença cultural entre os ingleses e os portugueses, os ingleses já estariam bêbados e no chão às duas da manhã, ao passo que os portugueses continuam a pé.

Música em DX – Regressando à questão do palco Praia estar em permanente funcionamento, será que isso criará um conflito com os concertos do palco Reverence?

Nick – Nós trabalhámos arduamente nos horários, e mesmo assim as pessoas continuam a queixar-se. Mas, essencialmente, está tudo encadeado para que se consiga ver pelo menos 20 minutos de cada banda. Para ser sincero, em cada festival a que fui, e fui mesmo a muitos, tens sempre bandas a tocar ao mesmo tempo. Eu tentei organizar o festival de forma a que uma banda de Stoner não toque ao mesmo tempo que outra banda Stoner, é preferível que haja sobreposição com uma banda mais Indie.

Música em DX – Qual é a tua avaliação da edição do ano passado?

Nick – Foi uma grande surpresa. Bem, o que fizemos foi mesmo estúpido (risos) tentar fazer uma coisa destas foi um enorme risco. Estás a arriscar a tua família, a tua casa, porque se correr mal, estás a lidar com muito dinheiro. Foi, portanto, uma grande surpresa, porque nós não sabíamos se as pessoas iam compreender o conceito do festival e se iam comparecer. O campo de futebol, onde está o palco principal [palco Reverence], é um espaço muito grande e eu agora olho para as fotografias e ainda não consigo acreditar na quantidade de pessoas que lá esteve. Foi a quantidade suficiente para tornar isto viável, se tivéssemos menos pessoas teria sido muito difícil, por isso o meu desejo é que tenhamos a mesma audiência que no ano passado. Há que ter em conta que são necessários anos até que um festival destes se torne rentável, por isso é um investimento a longo prazo. Temos parceiros novos devido ao esforço do ano passado, o que foi sempre parte do plano: fazermos um grande “splash” no início e tentar envolver pessoas novas. Tivemos a sorte disso ter acontecido, estamos seguros para este ano e provavelmente para o próximo, desde que não ocorra nenhum desastre, como chover os dias todos! Mas sim, as pessoas abraçaram o festival e não houve queixas de maior. Outra alteração que fizemos foi alterar a hora dos concertos neste ano para as duas da tarde, eu acho que ao meio-dia foi demasiado cedo para as pessoas. Não é fixe para as primeiras bandas estarem a tocar para ninguém.

Música em DX – Qual pensas ser a margem de crescimento para o Reverence?

Nick – O espaço físico que temos é grande. Alguém me estava a dizer ontem “ah, eu achei que havia muito espaço por ocupar no festival”, e eu fiquei “pois, nós temos um terreno mesmo muito grande”. Deve ter à volta de 45 mil metros quadrados e tem espaço suficiente para umas 20 mil pessoas, apesar de isso provavelmente não ser uma experiência agradável. Por outro lado, eu acho que seria um enorme erro da nossa parte tentar trazer uma banda gigante para o ano, tipo os Black Sabbath ou assim. Seria tentador, se arranjássemos investimento, mas seria completamente errado. Acho que devemos crescer pouco a pouco e tentar fazer com que as pessoas percebam que estão a vir a um festival de música underground, porque esse é realmente o tipo de música que eu gosto. Quero que cresça mas mantendo este ethos, quero fazer melhorias para torná-lo numa boa experiência, em vez de fazer dele uma coisa muito grande e cheia de pessoas.

20150823 - Entrevista - Nick Allport @ Valada do Ribatejo

Música em DX – Este ano também vão ter sessões de cinema e artes performativas.

Nick – Nós teremos um cinema, que no fundo será uma pequena zona de chill-out, onde vão passar filmes relacionados com música. Acho que no ano passado não havia um espaço onde as pessoas pudessem estar no recinto. A Universidade de Santarém vai trazer umas instalações artísticas e cenas assim, apesar de não saber o que são (risos). Acho que também vamos ter um touro mecânico ao pé da zona de DJ’s, mas eu quero manter o foco na música ao vivo. No fundo queremos é tornar a experiência o mais confortável quanto possível.

Música em DX – Tens na memória algum momento marcante da edição passada do festival?

Nick – Há muitas, obviamente. O ano passado foi muito stressante, porque era a minha primeira vez a organizar um festival e não sabia o que fazer, por isso passei a maior parte do tempo a lidar com trabalho no escritório. Neste ano não terei de fazer nada disso, posso ver as bandas. No ano passado vi os A Place to Bury Strangers subirem ao palco, vi, literalmente, uns 5 minutos dos The Asteroid #4, uma das minhas bandas preferidas. Vi bocadinhos de concertos, estava no palco quando os Electric Wizard começaram e foi incrível. No fundo, o momento que recordo mesmo foi quando os Holy Wave não vieram, perderam os voos, mas o Kyle [Hager] comprou outro bilhete e veio cá de propósito da Bélgica para pedir desculpa por não terem vindo. Eu estava a ir em direcção àquele palco [Praia] e ali estava ele a dizer “eu tive de vir cá para pedir desculpa”. Eu achei isso espantoso, ele gastou 300 euros e fez uma viagem terrível de ida e volta só para isto. Para mim, foi o melhor momento.

Música em DX – A maior parte das pessoas, eu incluído, não sabem o que é organizar um evento desta dimensão. Podes partilhar connosco um pouco dessa experiência?

Nick – A principal coisa que nós fizemos bem no ano passado foi ir buscar pessoas que sabem o que estão a fazer. Nós tivemos a malta da Lovers & Lollypops a tratar, basicamente, de toda a produção e outro pessoal a tratar da logísitica, comida, bares, esse tipo de coisas. Neste ano, como temos parceiros novos, haverá toda uma nova equipa envolvida. No fundo, tens de perceber que não consegues fazer tudo sozinho. Se o fizeres, vai resultar numa bagunça. O meu trabalho acaba por ser marcar as bandas e eu só trato mesmo das internacionais. Um colega meu trata das portuguesas, por isso só tenho de me focar nesse assunto e nos horários. Se houver pessoas a pensar em fazer uma coisa destas, têm de começar com shows, a produzi-los e promovê-los, e só depois passar para coisas maiores. E há pessoas em Portugal que estão a fazer eventos cada vez maiores, acho que é óptimo e é o que o país precisa. Eu penso que o que a Lovers, o André [Mendes] da Amplificasom e nós estamos a fazer é encorajar as outras pessoas a começar os seus projectos.

Música em DX – Eu ia perguntar-te quanto às bandas portuguesas, que são muitas no cartaz. Tu acompanhas a cena musical portuguesa?

Nick – Bem, eu tento… Quando estava a fazer as Cartaxo Sessions… O problema é que eu tenho de trabalhar, sou um programador e, dependendo do projecto que tiver em mãos, posso passar muito tempo em Londres e desde que começámos o festival que tenho lá ficado, por isso não tenho conseguido ir a muitos concertos cá nem feito mais Cartaxo Sessions, excepto uma, e essas eram as formas de me manter a par. Mas eu estou sempre disponível no Facebook e costumo ouvir música enquanto trabalho, é assim que vou conseguindo acompanhar. Há umas quantas bandas muito boas que conseguimos este ano… é tão tentador tentar convidar as que cá estiveram no ano passado, mas temos de dar hipóteses a toda a gente. Tem sido o Alex a tratar das bandas portuguesas, ele conhece toda a gente. Eu acho que só tratei de marcar os 10000 Russos.

Música em DX – É daquelas perguntas que vais continuar a ter ano após ano, mas haverá ainda alguma banda de sonho que quisesses marcar para o Reverence?

Nick – (Pausa) É difícil dizê-lo, porque se o fizer, toda a gente vai tentar trazer essas bandas. Mas pronto, temos os The Brian Jonestown Massacre…

Música em DX – Vais trazendo-os aos poucos.

Nick – São uma banda tão difícil para ter todos os membros no mesmo lugar e ao mesmo tempo! Mas eu acho que eles virão a Portugal no próximo ano, pode ser connosco ou até pode ser no Paredes de Coura ou no NOS Alive, ou assim, mas eu gostava mesmo que fosse no Reverence. Depois há bandas mais pequenas, como os Witchcraft, que eu adoro mesmo e tentei trazer nestes últimos dois anos. Eu gosto do conceito do Austin Psych Fest, no qual uma banda toca em anos alternados, ou seja, no ano seguinte poderíamos voltar a ter todas as bandas que vieram no ano passado. Mas, como tu sabes, há milhares de bandas e eu descubro coisas novas constantemente, e não sou só eu, como também o Jason e o Paul, meus colegas organizadores.

20150823 - Entrevista - Nick Allport @ Valada do Ribatejo

Música em DX – O festival neste ano tem um dia extra.

Nick – Sim, no ano passado tivemos aquela festa de abertura num palco ali instalado [na marina de Valada] e este ano trouxemo-la para dentro do recinto.  É como que uma lenta aproximação aos 3 dias, o que é obviamente algo que gostaríamos de ter, mas precisamos de mais orçamento para que tal aconteça. Estamos a meio caminho. Uma ideia que gostávamos de implementar era a de ter um curador para um dia e a malta do Lisbon Psych Fest é escolha perfeita, são jovens em ascensão e será bom para eles fazer algo como isto.

Música em DX – Achas que o Reverence colocou a cena Psych no mapa aqui em Portugal?

Nick – Eu fico muito desconfortável com o termo “Psych”, porque essa palavra parece englobar demasiadas coisas. Quando eu era um puto e ia a concertos em Londres, com 18 ou 19 anos, o psicadélico para mim eram bandas como Hawkwind, Psychic TV e outras que se enquadravam nesse termo. As coisas que actualmente são consideradas música psicadélica são Spaceman 3, Jesus and the Mary Chain, bandas desse género. Isso para mim era só Indie e eu também ia vê-las, por isso eu não já não compreendo o que esse conceito significa, mas se eu aceitar a designação “Psych”, então eu acho que como género esteve sempre presente. Quero dizer, nós andámos a trazer bandas desde os primeiros dias das Cartaxo Sessions e no outro dia estava a falar sobre isso com o Fua da Lovers & Lollypops. Portugal é um destino excelente na Europa, a organização é rápida e simples e tanto as viagens para aqui como próprio custo de vida são baratos. Existem pequenos festivais de Psych espalhados pelo continente, mas nenhum se assemelha ao Austin Psych Fest e, não é que tenhamos chegado lá ainda, mas o objectivo providenciar uma versão europeia duma mistura entre esse e o Roadburn. Nesta localização, e tendo em conta que ir ao Texas é um investimento enorme, seria um “no-brainer” para as pessoas virem cá.

Música em DX – Peço desculpa pelo desconforto causado pela pergunta, eu fi-la porque depois do festival se começaram a ver pequenos eventos a despontar como que inspirados pelos padrões que o Reverence instaurou.

Nick – Quanto ao Lisbon Psych Fest, eu penso que era algo natural a ocorrer, há festivais assim por toda a Europa. E depois houve também o Sound Bay, organizado pela malta do Stairway Club, que já andava a fazer coisas há muito tempo. Espero que estejamos a encorajar as pessoas, é algo corajoso organizar cá concertos, porque, quando eu vim pela primeira vez a Portugal não havia nada a acontecer. Eu vinha cá aos fins-de-semana, lia as revistas e não havia nenhum concerto para ir assistir, o que é de loucos, esta é uma das capitais da Europa. Agora parecem haver muito mais promotores e bandas que incluem Portugal nas suas tours europeias.

Música em DX – Estás a pensar em revitalizar as Cartaxo Sessions depois do festival?

Nick – Espero que sim, o problema é que perdemos sempre dinheiro com elas. É como um hobby, algumas pessoas pagam 500 euros por mês para ter lições de voo, eu gasto o mesmo para organizar concertos (risos). Portanto, tudo depende do dinheiro, nós estávamos a pensar em tentar arranjar um parceiro ou algum tipo de investimento, mas é difícil. Haveremos de tentar de novo, eu continuo a ter bandas a pedirem-me para vir cá. No futuro devemos continuar, nem que seja com bandas mais pequenas.

Música em DX – Mas, relativamente ao Reverence, tu disseste ter garantido apoio do poder local, certo?

Nick – Sim, eles adoram isto. Bem, não é que eles nos apoiem financeiramente, ninguém tem dinheiro, mas, por exemplo, eles já trataram de vedar todo o espaço este ano. A principal questão para mim é promover isto internacionalmente e trazer cá malta estrangeira, especialmente os ingleses e os escandinavos. A Câmara tem muito interesse no festival, pois traz turismo a uma área que carece disso mesmo. As pessoas que vêm de fora vão à praia e às cidades grandes mas nunca experienciam o interior do país, não fazem ideia de que existem locais como este, tão sossegado e descontraído. Este tipo de audiência do Metal e do Psych é geralmente pacífica, não causa problemas nem confusões, no ano passado não houve qualquer tipo de incidente e eu penso que os locais estavam receosos com o tipo de pessoas que viria mas toda a gente ficou feliz.

Música em DX – Então este ano devem estar ansiosos.

Nick – Parece que sim! Uma coisa que reparei do ano passado para este é que está tudo mais arrumadinho, as casas parecem ter sido pintadas e a zona da praia está arranjada.

Música em DX – Independentemente de como esta edição decorrer, o Reverence Valada tem pernas para andar?

Nick – Sim, eu penso que sim, tem havido interesse suficiente. Este ano deverá ser semelhante ao ano passado, espero que as pessoas que vieram e gostaram tragam os seus amigos. Para o ano talvez o organizemos outra vez em Setembro, simplesmente porque para trazermos as bandas que queremos, não as grandes, mas as de dimensão média, é muito difícil fazê-lo em Agosto porque têm maioritariamente de fazer tours aqui por perto e é muito complicado viajar por Espanha em Agosto, está tudo fechado . Pelo contrário, em Setembro ficamos próximos do Liverpool Psych Fest e do Levitation em França. No ano passado conseguimos bandas porque iam fazer tours na Europa e começaram no Reverence, é muito mais conveniente.

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HORÁRIOS COMPLETOS ATUALIZADOS

Os horários abaixo apresentam atualizações em relação à primeira versão divulgada no dia 24 de julho, nomeadamente, devido à ausência dos Yawning Man que cancelaram toda a sua digressão europeia

Dia 27

PALCO RIO (Em parceria com Lisbon Psych Fest)
Luna Marada – 17:00
Beautify Junkyards – 18:10
Galgo – 19:20
Chicos de Nazca – 20:30
Purple Heart Parade – 21:40
The Vickers – 22:50
Keep the Razors Sharp – 00:00
Jeff The Brotherhood – 01:10

Dia 28

PALCO RIO
Brahma Loka – 14:30
The Dead Mantra – 15:40
Stoned Jesus – 16:50
The Warlocks – 18:10
Electric Eye – 02:00
Saturnia – 03:20
Sunrise Jam | Saturnia/Astroflex – 05:00

PALCO PRAIA
Bom Marido – 14:00
Fuzz – 15:10
Novella – 16:20
Grave Pleasures – 17:30
Cheatahs – 18:40
Los Waves – 19:50
Black Rainbows – 21:10
Ufomammut – 22:30
Dewolf – 00:00
Ancient River – 01:20
Blown Out – 02:50
The Blue Drones – 04:10

PALCO REVERENCE
Process of Gulit – 19:00
Bizarra Locomotiva – 20:20
Alcest – 21:40
Jon Spencer Blues Explosion – 23:00
Sleep – 00:30

Dia 29

PALCO RIO
Jennifer – 14:30
The Alterred Hours – 15:40
Spectres – 16:50
Samsara Blues Experiment – 18:00
Electric moon – 02:00
Dead Ghosts – 03:20
Sunrise Jam – 04:40

PALCO PRAIA
Celica XX – 14:00
Jaguwar – 15:10
Fast Eddie Nelson – 16:20
Miranda Lee Richards – 17:30
The Jackshits – 18:40
The Act-Ups – 20:00
One Unique Signal – 21:10
Echo Lake – 22:40
Calibro 35 – 00:10
Lamina – 01:30
Magic Castles – 02:50
Ghost Hunt – 04:10
Acid Acid – 05:20

PALCO REVERENCE
1000 Russos – 19:00
Joel Gion & Guests – 20:30
Sean Riley & the Slowriders – 22:00
Amon Duul lI – 23:30
The Horrors – 01:00

BILHETES

PASSE 3 DIAS
65€ de 1 de Julho a 26 de Agosto
70€ de 27 a 29 de Agosto

BILHETES DIÁRIOS (sexta ou sábado)
40€ de 1 de Julho a 26 de Agosto
45€ de 27 a 29 de Agosto

BILHETES QUINTA-FEIRA
10€ de 13 de Fevereiro a 26 de Agosto
15€ a 27 de Agosto

LOCAIS DE VENDA

www.blueticket.pt; www.ticketline.sapo.pt, Lojas Fnac, Lojas Worten, El Corte Inglés , C. C. Dolce Vita, Casino Lisboa, Galerias Campo Pequeno, Ag. Abreu, A.B.E.P., MMM Ticket e C. c. Mundicenter, U-Ticketline, C.C.B e Shopping Cidade do Porto

O Reverence Festival Valada estabeleceu uma parceria com a CP Comboios de Portugal, que dá condições especiais aos portadores de passes ou bilhetes diários para o festival que, mediante a sua apresentação a bordo ou nas bilheteiras, têm um desconto de 30% na compra de bilhetes de ida e volta, nos serviços Intercidades, Regional e InterRegional, tendo como destino a estação de Reguengo.

Este desconto é válido de 26 a 30 de agosto de 2015.
Vá de comboio, não perca este evento!

Mais informação em:
Website Festival Reverence Valada – http://www.reverencefestival.com/
Facebook Festival Reverence Valada – https://www.facebook.com/reverencevalada?fref=ts
Website Sleep’Em’All – http://www.sleep-em-all.com/

Entrevista – António Moura dos Santos
Fotografia – Luis Sousa