Crónicas Opinião

10 anos de Música em DX. Não é uma vida, mas quase.

LUIS SOUSA
LUIS SOUSA

“10 anos de MDX. De Música em DX. Não se pode dizer que “é uma vida”, mas é uma boa parte da vida. No meu caso, um quinto da minha vida. E um quinto de vida onde muitas alterações, transformações, pessoais, profissionais, ocorreram, sempre à volta do MDX. Da MDX. Do, ou da Música em DX, como quiserem.

 

Faz hoje, dia 29 de Março de 2024, precisamente 10 anos em que iniciávamos a reportagem de espetáculo com fotografias do festival Lamire – Músicos de Rua, no Teatro do Bairro, evento organizado pela minha amiga de longa data Cláudia Camacho, a primeira pessoa que nos deu a mão para estas lides. Na altura publicávamos o trabalho fotográfico apenas em galerias de facebook, na nossa página de facebook, eu e a minha sobrinha Rita. Na verdade, o Música em DX nasceu – DX que não é mais que a sigla que representa o formato “crop”, o pequeno sensor de 24×16 mm na marca NIKON – porque o objetivo era apenas fotografar música recorrendo a máquinas fotográficas da marca Nikon. Porquê Nikon? Porque nessa altura, eu e a Rita usávamos ambos máquinas fotográficas da marca NIKON. As simple as that. À medida que iamos conseguindo fotografar mais sob o “chapéu MDX”, maior entusiasmo iamos tendo no que conseguiamos, e mais pessoas iam reparando no que iamos fazendo. Algumas dessas pessoas mantinham-se como observadores, seguidores, ou fãs, outras dessas pessoas iam-se juntando voluntariamente ao projeto ora como fotógrafos, ora como “escrivas”.

O projeto, ele próprio, acabaria também por se transformar por esta conta, e de apenas um projeto cujo objetivo era fotografar música, rapidamente evoluimos um projeto em que para além de fotografar, escreviamos, entrevistávamos, e “opinávamos” sobre música.

Obrigatório nesta altura passou a ser também criarmos a nossa “casa”, o nosso website, o nosso ponto de encontro principal, sempre rodeados das tendências digitais como o facebook, instagram, pinterest, tumblr, twitter (hoje X), ou youtube. De uma primeira casa ainda em 2014, passámos para uma segunda em 2018, e agora, passados novos 6 anos, passamos para uma terceira. Não prometo que seja a última. Também não prometo do contrário.

Por estas “casas” passaram cerca de 30 “camaradas” MDX, uns foram ficando até aos dias de hoje, outros seguiram outros rumos que muito nos orgulha. Por estas casas passaram “camaradas” MDX que hoje fazem do jornalismo, ou da música, também a sua vida. Dificil e corajosa, a vida que escolheram, mas por aqui passaram, e tenho a certeza de que daqui algo de bom levaram para a vida que levam hoje. Um obrigado a todos, os que passaram, e em especial, aos que também de forma muito resistente foram ficando.

Não posso deixar de agradecer também a todos os nossos parceiros, que com muita paciência nunca desistiram de nós. Afinal, apesar de ser uma boa parte da nossa vida, o MDX não é a prioridade máxima na nossa vida, e por vezes, respostas, atenções, tempos úteis, vão ficando para trás.

Também nos orgulha o que temos vindo a fazer, e a forma como temos vindo a fazer. Seguimos os nossos instintos, os nossos corações por vezes também, e não vamos atrás do destaque fácil. Também não vamos atrás das tendências de hoje, dos “likes”, das partilhas, das “views”, nem nos comprometemos com o que não queremos a troco do que possivelmente podemos vir a querer. Também já não vamos em contos do vigário. Já todos o perceberam, já cá andamos há 10 anos, e apesar de não sermos profissionais, trabalhamos todos os dias com gente profissional nesta área, e tal justifica tudo sobre o que fazemos, e como o fazemos. Continua a ser um “hobby”, mas é “hobby” que levamos muito a sério.

A todos os que estão por aí, OBRIGADO, entrem na nossa nova casa, instalem-se, fiquem à vontade, como em vossa casa. Não prometo por aqui continuarmos por mais 10 anos, mas também não prometo o contrário.”