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Festival Lux Interior, em Coimbra, começa esta semana

O Festival Lux Interior é um projeto da histórica editora conimbricense Lux Records que pretende promover os artistas do seu catálogo, e imortalizar, ao mesmo tempo, uma das figuras mais emblemáticas e inspiradoras das bandas de rock conimbricenses: Lux Interior, vocalista dos The Cramps. Este é um evento que conta com o apoio da Blue House.

Depois da pausa devido à pandemia, o Festival Lux Interior está de regresso, e ao local onde tudo começou: o Convento São Francisco, em Coimbra. Nos próximos dias 17, 18 e 19 de Março de 2023, a quarta edição do Festival Lux Interior não será só uma compilação da actividade da editora ao longo de mais de duas décadas, mas também e principalmente, um abrir de novos horizontes para a produção musical da cidade de Coimbra. Contará com a presença de Clã, Club Makumba, Sensible Soccers, John Mercy & The Dead Beats, Eigreen, Peter Suede, Ray, Paul Oak e Duques do Precariado.

:::: DESTAQUES PROGRAMAÇÃO

17 MAR
19H30 – DUQUES DO PRECARIADO – Café Concerto (Entrada livre)
21H30 (1ª parte) – EIGREEN – Grande Auditório
22H30 – CLÃ – Grande Auditório

18 MAR
19H30 – PAUL OAK – Café Concerto (entrada livre)
21H30 (1ª PARTE) – JOHN MERCY & THE DEAD BEATS – Grande Auditório
22H30 – SENSIBLE SOCCERS – Grande Auditório

19 MAR
17H (1ª PARTE) – RAY – GRANDE AUDITÓRIO
18H – PETER SUEDE – CAFÉ CONCERTO (entrada livre)
19H – CLUB MAKUMBA – GRANDE AUDITÓRIO

CLÃ | 17 de Março, 22H30 | Grande Auditório do Convento São Francisco

Os Clã formam-se em Novembro de 1992, e o seu álbum de estreia, Lusoqualquercoisa, é editado em 1996. Desde cedo se conhece a colaboração dos Clã com vários autores e artistas – Carlos Tê, parceiro na escrita de canções e produtor dos primeiros álbuns da banda, é um grande cúmplice da banda. Destaque também para o trabalho com Sérgio Godinho, Arnaldo Antunes, Adolfo Luxúria Canibal, Pato Fu, Regina Guimarães, Manel Cruz, entre outros.

2020 marcou o regresso dos Clã aos discos. “Véspera” chegou com a Primavera, sob o signo da estranheza destes tempos que vivemos. Os temas de avanço – “Tudo no Amor”, “Sinais”, “Armário” e “Jogos Florais” – são presenças constantes nas rádios nacionais. Em 2021, foram eleitos como Melhor Grupo nos Play – Prémios Música Portuguesa, e o single “Tudo no Amor” foi considerado o Melhor Tema de Música Popular pela Sociedade Portuguesa de Autores.

EIGREEN | 17 de Março, 21H30 | Grande Auditório do Convento São Francisco

Vindo do desejo de Francisco Frutuoso (voz e teclas) de transpor o seu imaginário para a música, nasce o projeto Eigreen. Retidas no baú durante 8 anos, as canções foram descobertas pela sua irmã gémea Luísa Levi (voz), que desde logo as quis começar a cantar. Daí, foi um ápice até o convencer a juntar um grupo de amigos para lhes dar mais forma: Carlos Serra (baixo), João Ribeiro (guitarra) e Rui Pedro Martins (bateria).

O álbum de estreia, homónimo, foi gravado nos estúdios Blue House, misturado por Niki Moss nos estúdios Pontiaq, e foi lançado em Maio de 2022 com o selo da Lux Records.

Duques do Precariado | 17 de Março, 19H30 | Café-Concerto do Convento São Francisco

Os duques são precários. Foram dois, foram cinco, agora talvez sejam mais, talvez sejam menos. Editaram um disco agora. Mas o disco foi feito há muito tempo. É difícil explicar. Têm pouco a dizer e muito a esconder. Os duques são do passado e cheiram a mofo. Às vezes arejam e, queiram os astros, também tocam ao vivo. O primeiro single dos Duques do Precariado chama-se “Lacerda”, e o álbum de estreia será lançado no Festival Lux Interior.

Sensible Soccers | 18 de Março, 22H30 | Grande Auditório do Convento São Francisco

Os Sensible Soccers são André Simão, Hugo Gomes e Manuel Justo. Editaram o seu primeiro EP em 2011, ano em que também se estrearam nas atuações ao vivo.

Além do primeiro EP, editaram também “Fornelo Tapes Vol.1”, o single “Sofrendo Por Você”, e em 2014 lançaram o primeiro longaduração, intitulado “8”, unanimemente considerado pela imprensa nacional como um dos melhores discos do respectivo ano.

O ano de 2018 foi passado a compor “Aurora”, terceiro LP de originais da banda, e que conta com a produção de B fachada. O disco recebeu excelentes críticas e as edições em vinil e cd esgotaram em poucos meses. O seu quarto álbum de originais resulta da composição de uma banda sonora para dois filmes (“Douro, Faina Fluvial” e “O Pintor e a Cidade”) do aclamado realizador Manoel de Oliveira. Este projeto, que se desenrola ao longo de um ano e com o apoio do Criatório da C.M. do Porto, culmina com a edição de “Manoel”, a 1 de outubro de 2021.

John Mercy & The Dead Beats | 18 de Março, 21H30 | Grande Auditório do Convento São Francisco

John Mercy é o alter ego de João Rui, conhecido como vocalista e multi-instrumentista da banda portuguesa a Jigsaw (que já conta com mais de 20 anos de existência), e com uma extensa carreira musical tem sido alvo, por diversas vezes, das atenções da revista francesa Les Inrokuptibles.

A sua voz costuma ser comparada a artistas como Tom Waits, Nick Cave ou Leonard Cohen. Será porventura, da voz grave que ecoa nas canções, mas será essencialmente devido às fortes raízes literárias e aos ambientes cénicos com que são construídos os seus álbuns. O trabalho de João Rui está também intimamente ligado à literatura, particularmente a autores clássicos norte-americanos como Steinbeck, Melville, mas também Tolstoy, Dostoiévski, Nietzsche e Sá Carneiro.

Durante o festival será lançado um  álbum com edição da Lux Records, de título “West of The American Night” e inspirado no emblemático livro “On the Road”, do escritor Jack Kerouac.

Paul Oak | 18 de Março, 19H30 | Café-Concerto do Convento São Francisco

Esta canção não é aquele hit que vocês tanto gostam e já ninguém suporta. Esta canção é a canção que vos faz fechar a noite na forma certa. A canção que aqui se fala é a que vocês vão levar para casa e que serve de banda sonora para ilustrar isto: o momento desconfortável que é cruzarem-se com pessoas frescas pela manhã, enquanto vocês passeiam um perfume misto de álcool derramado e horas sólidas de tabaco. O irónico é que esta tal última canção não foi escrita com o propósito de fechar bares e mandar bêbados dançantes para casa. Ainda mais irónico é que muito provavelmente, foi escrita após uma noite dessas.

E agora reflitam um pouco: haverá momento de maior honestidade do que chegar a casa bêbado depois de uma noite em que a canção certa encerrou a noite e brindou a manhã? Vão ouvir Paul Oak porque já (quase) ninguém fecha bares com canções assim.

O disco de estreia de Paul Oak, “Out Of His Head”, foi produzido por Paulo Jacob (Bodhi, 5ª Punkada), tem o selo Lux Records, e será estreado no Festival Lux Interior.

Club Makumba | 19 de Março, 19H00 | Grande Auditório do Convento São Francisco

Club Makumba nasce da união entre Tó Trips (guitarra), João Doce (bateria), Gonçalo Prazeres (saxofone) e Gonçalo Leonardo (baixo e contrabaixo), para um exercício musical livre, espontâneo, experimental e tribalista. Abrindo a janela para uma viagem pelas sonoridades do Mediterrâneo e pela África imaginada, a música dos Club Makumba é uma bandeira de resistência hasteada em costas mediterrânicas, livre de qualquer preconceito ou fronteira geográfica ou estilística.

Depois de um 2022 com muita estrada de norte a sul do país, o próximo ano trará novos singles e o longa duração sucessor do álbum homónimo de estreia.

Club Makumba: dançar como acto de resistir!

Ray | 19 de Março, 17H00 | Grande Auditório do Convento São Francisco

“RAY.” é o primeiro disco de RAY. Ao vivo, a sua formação conta com Bones na guitarra, Kid Richards no baixo, Joana Medon na guitarra, Xico nas teclas e sintetizadores e Bruno Fernandes na bateria.

Neste disco, Luís Raimundo mantém a mão dada aos ritmos quentes do rock’n’roll e ao groove mágico de riffs envolventes e sensualmente dançantes. Com produção de Legendary Tigerman, o disco foi gravado na Riviera Francesa, dando continuidade a esta parceria violentamente produtiva entre os dois artistas. Conta, também, com as misturas de Anthony Belguise e masterização de François Fanelli.

“RAY.” foi editado em Junho de 2022 pela Lux Records, e está recheado de grandes singles como “City Cowboys”, “Carmel”, “Bathtub Stories” e “Morally Dubious”. A primeira apresentação de RAY em Coimbra acontece no Festival Lux Interior.

Peter Suede | 19 de Março, 18H00 | Café-Concerto do Convento São Francisco

“Peter Suede” é Pedro Baptista. O seu primeiro álbum, “Snake Skin” é composto por 7 músicas, e transpira um rock’n’roll quente e apurado com cheiro a verão e faroeste. Composto por teclados de blues e guitarras que se entranham nos ouvidos e corpos nos guia a bares de madeira com bourbon espalhado em copos e pelo chão. Os riffs são capazes de nos conduzir a paisagens alaranjadas algo desérticas onde sentimos a plenitude de canções explosivas, românticas, envolventes e coloridas.
Com Peter Suede, que está a cargo da guitarra, vozes e baixo, estão Ricardo Brito na bateria, Miguel Cordeiro nas teclas e Victor Torpedo na guitarra. Snake Skin foi antecipado pelo lançamento do single “Stuck in My House” em videoclipe, e foi lançado a 15 de Junho de 2022 pela Lux Records. No Festival Lux Interior, Peter Suede apresentará um single em vinil com duas novas canções.

Os bilhetes do Festival Lux Interior já estão à venda, nos locais habituais, sendo que os seus preços variam entre os 15 e os 20 euros.

SOBRE A LUX RECORDS

A Lux Records foi fundada em 1995, e desde então tem dado a conhecer muita da melhor música com origem na cidade de Coimbra: Belle Chase Hotel, Tédio Boys, Legendary Tigerman, Sean Riley & The Slowriders, D3O, Wraygunn, Bunnyranch, Tiguana Bibles, Ruby Ann & The Boppin’ Boozers, É Mas Foi-se, Ghost Hunt, António Olaio & João Taborda, Azembla’s Quartet, Victor Torpedo, Tracy Vandal, Bodhi, The Walks, Millions, Raquel Ralha & Pedro Renato, Wipeout Beat, Birds Are Indie, Mancines, Animais, Twist Connection, Spicy Noodles, Tricycles, From Atomic, John Mercy, Peter Suede e Eigreen. Mas nem só de Coimbra vive a história da Lux Records: Mão Morta de Braga, X-Wife do Porto, Unplayable Sofa Guitar e Madame Godard de Viana do Castelo, Born A Lion da Marinha Grande, Houdini Blues de Évora, Dirty Coal Train de Viseu, Ray de Lisboa, e até os Swell de São Francisco (E.U.A.), Dean Wareham dos nova-iorquinos Luna (E.U.A.) e os Catenary Wires (de Kent, Reino Unido) têm a sua história marcada pelo selo da Lux Records.

Mais informação em https://www.facebook.com/FestivalLuxInterior/