2022 Festivais Opinião Reportagens Vodafone Paredes de Coura

Sugestões sonoras para que o regresso ao Vodafone Paredes de Coura seja inesquecível

Dois anos de espera e uma ansiedade tremenda de regressar ao sítio onde somos sempre felizes!
Voltar ao sítio onde, em 2019, na última edição, presenciamos uma das melhores edições de sempre.
Voltar ao sítio que nos faz esquecer tudo durante uma semana e viver, na natureza, a música em toda a sua plenitude.
Quem conhece o
Vodafone Paredes de Coura, entende estas palavras de uma apaixonada pelo sítio, pela magia e pelos cartazes que nos são oferecidos. 

Depois de jejuarmos durante dois anos, segue-se uma edição que promete ser grandiosa no seu regresso. Não fosse pelo facto de ter um cartaz de luxo e, ainda, um dia extra dedicado apenas a bandas portuguesas. 

Começo pelo já habitual Festival sobe à vila que antecede os dias de festival e garante que os ânimos vão aquecendo a quem já está instalado na pacata vila encantada. Assim, sexta-feira dia 12 de Agosto a vila começa a ecoar música com El Señor, João Borch e Ghettoven’s All In Family (com Ana Pacheco & Supa); dia 13 contem com Al Faer, Baleia Baleia Baleia e Puto; no Domingo, dia 14, teremos Hause Plants, Les Dirty Two e José Pinhal Post Mortem Experience e, para terminar, dia 15 encerra com Chinaskee, Evols e Dj Kitten

Dá-se início ao paraíso musical no anfiteatro natural com o dia extra de festival. Dia 16 de Agosto é um dia inteiramente dedicado a bandas portuguesas e façam atenção porque são muitas e os concertos começam cedo!
Destaco o primeiro concerto do dia, a acontecer no palco principal (Palco Vodafone); pelas 14h sobem ao palco os
The Lemon Lovers que se irão apresentar em formato de septeto e mostrar músicas novas. 

De seguida sobe ao palco o novo projecto de Tó Trips e João Doce, Club Makumba com cheiro a música experimental e tribalismo. 

No palco secundário (Vodafone FM) actua, Noiserv. Cantautor multi instrumentista que costuma ter a proeza de nos puxar para dentro da sua alma em cada concerto. 

Regressamos ao palco principal para o tão aguardado regresso de Pluto, a banda mais roqueira do portuense Manel Cruz que volta após um longo período parada. 

Mais uma piscina ao palco secundário para ver os vimarenses Paraguaii que trazem o disco lançado no ano passado Propeller carregado de sintetizadores e de ritmos absorventes. 

Um banho de rock’n’roll à antiga vai dar-se no palco principal com o trio The Twist Connection que anda já a apresentar músicas novas do novo disco que sai já em Setembro. 

Para acalmar ligeiramente o coração acelerado, a indie sonhadora de You Can’t Win Charlie Brown e o novo disco lançado este ano e cantado em português. 

Mais uma piscina para o rock cru e electrizante dos Linda Martini e o seu mais recente disco Error.

Um salto ao kraut psicadélico dos portuenses 10 000 Russos já com o breu da noite a dar sinais. 

Passamos para uns habitués neste espaço, os bracarenses Mão Morta e o seu rock de poética negra e magia pesada. 

Encerramos o palco secundário com a tranquilidade inquietante de Bruno Pernadas com o seu novo disco Private Reasons e a sua forma magnética de compor. 

Para encerrar com chave de ouro, um abanar de anca com a electrónica meio disco, meio rock de Moullinex em formato banda. 

Depois de mais de doze horas de música, a quarta-feira começa à beira rio com os concertos de Caio e Homem em Catarse a suavizar os banhos dos festivaleiros.

Já no recinto, o regresso de Gator, The Alligator ao palco secundário do festival e o seu psicadelismo electrizante e diabólico para nos fazer arrebitar de início. 

Mantemo-nos no mesmo sitio para o post punk intenso ao qual Dana Margolin dá voz. Eles são os Porridge Radio e a expectativa é alta! 

No palco Vodafone, uma estreia em Coura, o cantautor Alex G vai apaziguar os ânimos com a sua pop rock. 

De volta ao palco secundário, outra estreia, Indigo de Souza vem da Carolina do Norte e a sua música é uma miscelânea de estilos que, possivelmente, nos vai deixar atordoados. 

Os The Murder Capital é outra banda que anseio ver. Vindos da nova era post-punk prometem algo carregado de energia e densidade.

Os mediáticos Idles também têm um lugar nesta noite onde a energia punk é chamada a nós e nos vai abanar, certamente, o corpo e a mente. 

Para serenar as almas, nada melhor que um concerto à meia luz, sentados na relva na companhia de Beach House, mas sem ficar moles, que a seguir ainda há mais! 

E para encerrar com chave de ouro e irmos para a cama embalados pela loucura, os suecos Viagra Boys e o seu mais recente Cave World, no after hours. 

A quinta-feira vai começar, de igual modo, nas margens do Rio Coura com os concertos de Fumo Ninja e Chão Maior

Já dentro do recinto e no palco Vodafone, Yellow Days, multi-instrumentista inglês vem apresentar o seu primeiro longa duração, em modo suavidade de fim de tarde.

No palco secundário, espera-nos a ironia disco de Donny Benét que nos vai fazer, certamente, dançar de sorriso rasgado! 

Regressamos ao palco principal para presenciar o regresso do jazzz de fusão com algum experimentalismo dos ingleses The Comet is Coming.

Num registo mais denso e escuro, Molchatdoma e um post punk com alguma darkwave, vão acompanhar na perfeição o cair da noite.

Um regresso muito ansiado é o da banda seguinte. Os Parquet Courts estão de regresso a Portugal e com eles uma sede de abalar tudo por onde passam!

Regressamos ao palco secundário para o último concerto da noite com um cruzamento de jazz com música electrónica dos L’Eclair

Os Turnstile cheiram a anos 90 e a um punk hardcore americano que vai fazer muitos fãs de hardcore rumar ao anfiteatro natural!

Para aligeirar os ânimos, a nu disco dos franceses L’Imperatrice

… e para quem tiver forças, pode dançar até deixar de as ter com Nu Genea Live Band e John Talabot no After Hours. 

Já na recta final e com a barriga quase cheia de música boa, o quarto dia de festival começa com os concertos de Jasmim e Dela Marmy no Jazz na Relva, nas margens do rio. 

O palco principal abre com o encanto magnífico de Sylvie Kreusch e a sua suavidade magnética. 

Do País de Gales e com muita vontade de nos por a mexer neste fim de dia, Kelly Lee Owens

Arlo Parks vai manter a fasquia na suavidade aveludada e no ritmo cardíaco constante, no palco principal, já com o escurecer do céu! 

O duo Boy Harsher vai inundar-nos de sintetizadores contagiantes com sonoridades sombrias e dançantes. 

Os BADBADNOTGOOD regressam ao anfiteatro natural com novo disco na mala. A banda mescla vários estilos musicais que vão desde o jazz, ao hip hop passando pela electrónica.

Afro beat, soul e funk é o que podemos experienciar antes de um dos mais aguardados concertos da noite, com o colectivo Arp Frique & Family.

Chega o concerto mais ansiado da noite por esta que vos escreve. Ty Segall não só é um pequeno génio musical do século XXI como um compositor e criador nato. Regressa ao palco principal para nos matar saudades da sua genialidade com o mais recente Hello, Hi

O after faz-se com mais um funk que promete não desapontar nas mãos de Ata Kak Live Band, no After Hours. 

O último dia desta maratona de concertos vem num registo mais tranquilo. Para começar, Omie Wise e João Mortágua Math Trio à beira rio. 

No recinto, para encerrar estes cinco dias intensos, um dia mais dedicado ao hip hop e rap. 

O palco secundário abre com o portuense Manel Cruz e o seu disco a solo Vida Nova juntamente com algumas revisitações das suas outras bandas.

No palco principal, directamente da Irlanda, Joel Johnston como Far Caspian traz-nos uma indie sonhadora e aconchegante que vai dar para abanar a anca ao de leve!

Os franceses La Femme são os seguintes e fazem-se acompanhar do seu psych pop rock elegante que nos vai manter no mood da dança suave.

Em modo mais introspectivo, no palco secundário Perfume Genius com um indie pop melancólico e intenso vai fazer-nos colocar os pés no chão! 

O multi-instrumentista Sean Bowie, também conhecido por Yves Tumor, encerra o palco secundário com o seu experimentalismo algo eléctrico. 

O festival encerra com o regresso dos míticos Pixies que, por vezes, não são tão bons ao vivo como em estúdio, mas que não deixam de ser um grande marco na nossa vida. Trazem um disco novo, lançado no final de 2019. 

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Não se esqueçam de ficar atentos às Music Sessions que são sempre surpresa e são sempre especiais e únicas! 

Vemo-nos na Praia Fluvial do Taboão!