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Wolf Alice mostram as garras no Coliseu

Já por diversas vezes apareceram nos verões de Portugal para tocar no NOS Alive, mas à terceira é de vez e os Wolf Alice actuaram em nome próprio no Coliseu de Lisboa, no passado dia 1 de Novembro. Um horário anormal, às 20h e também com uma casa anormal, longe de estar lotada. Ainda assim, não ficaram intimidados com a situação e um público pouco mas bom fez a festa.

Pouco antes das 20h, à porta do Coliseu já se adivinhava que não seria um concerto com lotação esgotada, muito longe disso. A ausência de fila à entrada era um presságio do que se passava já dentro. Uma moldura tímida, composta essencialmente na plateia. Mas seguindo a velha máxima, poucos mas bons. O quarteto composto por Ellie Rowsell, Joff Oddie, Theo Ellis e Joel Amey, não foi de meias medidas e levou ao máximo os amplificadores.

À boleia do Visions of Life, o premiado álbum que a banda deu a conhecer no passado verão no NOS Alive, o conjunto britânico vive de um rock mais ruidoso e intenso embora acompanhado pela voz suave de Ellie Rowsell. É isso que se evidencia logo à partida com os temas Your Loves Whore, You’re a Germ ou já o Don’t Delete the Kisses. Mas a viagem continua com o Beautiful Unconventional ou o Formidable Cool, letras que o público demonstrou conhecer de início ao fim.

Theo Ellis foi o porta-voz da banda, mostrando muito efusivo no contacto com a audiência, muitas vezes acenando e cumprimentando-a. Ou então quando afirma que a próxima faixa é especial, porém só duas pessoas sabiam de que faixa se tratava. Lisbon. Não tem nenhuma relação concreta com a cidade de Lisboa, apenas uma referência cinematográfica de Sofia Coppola, mas a coincidência leva a muitas palmas no fim. Bros, um dos temas mais conhecidos da banda também marcou presença, o que pouco depois levou a Ellie a pergunta: “como se diz I love you em português?“. Depois de umas respostas atabalhoadas, lá a banda prosseguiu com Space & Time, Visions of a Life e Fluffy, deixando o palco e o público à espera, com um palco todo às escuras.

Porém, e ao contrário do que tem acontecido nos últimos concertos, o encore fez mesmo parte da noite, com o melódico Blush e o energético Giant Peach a dar fim a uma noite que terminou cedo, umas 21h45 mas com satisfação de quem marcou presença no Coliseu. Ganharam os fãs, ganharam a banda. Agora veremos se marcam presença no futuro.

 

Promotor – Everything Is New