A edição EVIL LIVƎ Festival 2025 regressa ao formato open-air, desta vez em estreia no Estádio do Restelo. São 3 dias com um cartaz super diversificado onde se misturam as bandas mais “old school” com a nova geração do Metal.
Debaixo de um sol abrasador, RAMP teve a missão de abrir esta edição do EVIL LIVƎ. Com um publico ainda em numero reduzido, mas fiel, tocaram uma mão cheia de músicas onde não podia faltar o grande tema HALLELUJAH a fechar a set.

DEATH ANGEL foi a banda que se seguiu. Formados nos anos 80 trouxeram mais uma vez a Portugal uma boa dose do seu Trash característico da Bay Area.
O concerto arrancou um pouco atrasado e com alguns problemas técnicos nas musicas “Mistress of Pain e “Voracious Souls”, dois clássicos da banda que mereciam melhor qualidade som. Contudo, o concerto prosseguiu e ultrapassadas as dificuldades técnicas, o público começou se a mexer e a formar os primeiros circle pits do dia (algo “tímidos” ainda, muito por causa do calor que se fazia sentir).
Com uma set mais curta do que o esperado, houve tempo ainda para os riffs energéticos da “I Came for Blood” e da “The Moth”, dois dos temas mais recentes da banda.

Os MUNICIPAL WASTE não precisam de grandes apresentações. Por volta das 6 da tarde entraram em palco com tudo e formaram se logo circle pits furiosos aos primeiros acordes dos temas “Garbage Stomp” e da “Sadistic Magician”. Os veteranos do crossover made-in Virginia apresentaram um alinhamento de quase 20 musicas sem nunca tirar o pé do acelerador. “Grave Dive”, “Wave of Death” e a apropriada “Crank the Heat” também fizeram parte desta set irrepreensível.
Houve ainda tempo para um verdadeiro tsunami de Crowd Surf onde as vagas de fãs não paravam de chegar aos braços dos seguranças e ainda uma batalha de adereços de piscina que foram lançados para o publico.
Ainda antes de acabarem com a “Born to Party”, Tony Foresta disse que foi o melhor concerto que os WASTE deram em Portugal. Foi sem duvida memorável e muito provavelmente, um dos melhores concertos desta edição do EVIL LIVƎ.

Ainda estavam cerca de 30 graus á hora do começo de TRIPTYKON, mas nem isso fez demover Tom G. Warrior de nos presentear com o seu Black Metal atmosférico, frio e cru.
Um concerto muito solido onde não faltaram os clássicos da banda, mas o grande destaque recaiu para as covers de Celtic Frost. “Circle of the Tyrants” e “A Dying God Coming Into Human Flesh” fizeram a ligação perfeita entre o presente e o passado de um veterano deste espectro mais extremo do Heavy Metal.
O lugar de headliner deste primeiro dia de EVIL LIVƎ ficou a cargo da maquina de Heavy Metal que são os JUDAS PRIEST. Formados em 69 no berço do Metal, Birmingham, PRIEST tem um legado inquestionável que foi sendo construído ao longo dos mais de 50 anos (!!!) de carreira. Um legado extenso que estava muito bem representado no público. Desde metaleiros mais velhos que acompanham a banda desde crianças, até aos pais orgulhosos por levarem os filhos a presenciar estes gigantes.
“The Priest is back!”, palavras de Rob Halford que deram inicio ao espetáculo e que seguidas das explosivas “All Guns Blazing” e “Hell Patrol”, temas do icónico PAINKILLER que foi justamente celebrado nesta setlist repleta de clássicos.
“You’ve Got Another Thing Comin’” e “Breaking the Law” deram lugar a um coro coletivo, a hipnotizante “Night Crawler” foi uma excelente surpresa na set, pois desde 2012 que não figurava nos alinhamentos da banda”.
Mas nem só de clássicos vive PRIEST. A prova disso é que o álbum mais recente INVINCIBLE SHIELD foi muito bem recebido pelos fãs e pela critica especializada. “Gates of Hell” e “Giants in the Sky” encaixaram que nem uma luva no meio desta setlist de perto de 20 musicas. Mesmo antes do encore, chegou a hora da PAINKILLER e do maior circle pit do dia.
O concerto termina com “Eletric Eye”, “Hell Bent for Leather” e com a sempre extremamente cantável “Living After Midnight”.
Rob Halford é a prova viva de que ‘velhos são os trapos’. Uma performance incrível onde a voz esteve afinadíssima do inicio ao fim. Esperemos que não tenha o ultimo concerto de JUDAS PRIEST em terras lusitanas, mas se assim for, foi uma bela despedida.