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Process Of Guilt, Wells Valley e Murro – a reportagem fotográfica

Os Process Of Guilt estiveram no ontem RCA para mais uma ronda de Slaves Beneath the Sun e a esta fase já dispensam quaisquer prefácio. Uma banda deste calibre pouco tem a provar porque é das melhores a nível nacional; a cada espectáculo que os vejo não desiludem. Fico sempre expectante se uma banda que sigo e gosto ainda tem fôlego como dantes. Não só provam-me que sim, como fazem-no ajustado à sua postura em palco. Mais, à saída reparo que cada uma das almas que esteve presente suspira como quem acabou de sair de uma câmara de descompressão. POG é peso, é denso, feio e desconcertante. É algo que não é para todos mas é música quem quem a respira. A quem os vai ver ainda, invejo-vos. Ouvi ainda no fim a palavra “orgulho”. Sim temos.
Wells Valley apanhei hà uns anos no Sabotage na apresentação do Reconcile The Antinomy e, tal como quem descobre ouro por acidente, o fascínio de descoberta levou-me a segui-los mais de perto e procurar por mais. O estilo é semelhante acima mas, como todo o género, há nuances de nevoeiro. Senti pelas luzes de cada uma destas bandas que estes representavam algo mais; uma pela luta da coragem e outra pelo sacrifício. Achamoth é o novo álbum de originais que sai do nono círculo debaixo do solo e as luzes vermelhas que queimaram as retinas representaram exactamente algo que não era fácil; foi-nos arrancada a alma e devolvida com um propósito. Aprendizagem.
Murro só conhecia de nome e por vezes prefiro não ouvir antes para manter aquele mistério de como uma banda se comporta em palco. Gostei do que ouvi e vi desta sessão de intervenção, há aqui um espírito incómodo que quer abanar as pessoas a agir. Murro a quem parar.
Fotos abaixo::

Process Of Guilt

Wells Valley

Murro