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“Sozinho num suicídio coletivo” é o single de antecipação de Ruído Roído

Nestes tempos estranhos em que vivemos, cada vez mais caminhamos sozinhos numa sociedade que tanto caminha a passos largos e a uma velocidade atroz, como retrocede à mesma velocidade.
As dualidades e os extremos cada vez mais demarcados conduzem-nos a um lugar onde a loucura pode imperar.
“Sozinho num suicídio coletivo” faz um compêndio de algumas das mais importantes, imponentes e, talvez, degradantes formas de vida desta sociedade de hoje tanto a nível visual como auditivo, capaz de nos despertar alguma ansiedade e desconforto.

Roer faz ruído ou o ruído faz roer? Será que temos capacidade de conseguir mastigar sem roer todas as homófonas que nos vão aparecendo pelo caminho ou precisaremos de ruído para as as conseguir digerir?

Ruído Roído representa todas estas homófonas e toda uma vida dissonante e sonante que nos passa diante dos olhos num furacão explosivo e demolidor que nos fornece a adrenalina suficiente para nos manter vivos.

Com o fim dos Malcontent, projecto que Jorge Oliveira (Big Summer, Karnnos, Ex- Hospital Psiquiátrico, Ex – Martyrium, Ex – Bal Onirique) e Márcio Décio (La Resistance, Quadra) partilharam durante vários anos, surge a ideia de começar algo novo, diferente de tudo aquilo que os dois músicos faziam. Algo que os colocasse num local de desconforto e, ao mesmo tempo, os desafiasse a desbravar caminhos cobertos de silvas.

Este hiato estranho a que chamámos de pandemia veio dar o empurrão para que cada um começasse a gravar em sua casa e tudo começasse a desenvolver formas.

Ruído Roído é um projeto que nasce entre o Porto e Braga, em 2020 e dois anos depois, surge com o disco de estreia. Dor foi produzido pelos 2 membros fundadores da banda, vai ter o selo da Raging Planet e será lançado no primeiro trimestre de 2023.

Ao vivo a banda apresenta-se com Jorge Oliveira no baixo, Márcio Décio na guitarra, Rui Rodrigues na percussão e Sílvio Almeida nos sintetizadores.