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Os destaques de Março/2019 no Sabotage Club em Lisboa

Março já começou, mas nunca vamos tarde para divulgar a excelente e variada oferta de concertos que o Sabotage Club em Lisboa tem para nos oferecer a cada mês que passa. Aqui, destacam-se os concertos de Cosmic Mass e Elephant Maze, Riding Pânico, os norte-americanos The Zeros, e Tricycles com Birds Are Indie.

DIA 01 – SEXTA – FEIRA – COSMIC MASS + ELEPHANT MAZE | 6€
Evento: https://www.facebook.com/events/1961212890854311/

Com a bagagem cheia de fuzz e riffs que te expropriam os ouvidos, os Cosmic Mass são a resposta à mais recente onda psych-rock que tantos discos nos tem dado nos últimos tempos. Dos King Gizzard & The Lizzard Wizard aos Oh Sees e com toques de Syd Barret a camuflar o psicadelismo na fauna do garage, isto são malhas de te fazer crescer a barba com a aura pop típica dos anúncios da TV.

Os Elephant Maze são uma banda formada em Lisboa, em meados de 2017. A banda é composta por dois jovens músicos que, juntando as construções sonoras e os timbres que retiram dos seus instrumentos, criam moléculas compostas por átomos de garage rock alternativo enfeitado em tons de psicadelia.

 

DIA 09 – SÁBADO – RIDING PÂNICO | 8€
Evento: https://www.facebook.com/events/602047953590790/

“Pensar que tudo começou numa incendiária tarde de 2004 é um exercício que tanto tem de nostálgico como de fútil. Se, por um lado, dá um certo gozo notar que foi daqui que brotaram dezenas de experiências no underground português, quer pela sua influência, quer pela sua própria mão, por outro os Riding Pânico não se detiveram nunca naquilo que já foi, e sim naquilo que pode ser no presente.

Daí a distância que vai entre um disco e o outro, sendo Rabo de Cavalo “apenas” o terceiro da sua carreira. A música dos Riding Pânico, supergrupo no inverso (já que os seus membros se tornaram, grosso modo, “super” a partir de projectos posteriores) não se delimita pelo tempo, e sim pela ideia; não é arbitrária, volátil, e sim fusão da velocidade de uma faísca com a vontade eléctrica de se ser, para sempre, como naquela tarde em que um grupo de amigos procurou o que não encontrava em mais lado algum. Res ipsa loquitur: o grupo de amigos foi-se alterando ao longo do tempo, mas não a sua ideia. Em Rabo de Cavalo, os riffs correm como uma água-viva, a bateria perde-se e parte-se, o groove ainda pulsa, qual coração de criança, sob um caos improvisado. Tudo em nome de um espírito indecifrável, de um rock que, mais que ser pós- qualquer coisa, é única e exclusivamente Portugal, sobretudo da sua sombra, do que não está imediatamente ao alcance. Tudo porque o pânico não é controlável: cavalga-se.”

Paulo Cecílio

 

DIA 21 – QUINTA – FEIRA – THE ZEROS (USA) | 12€ PRÉ VENDA, 15€ NO DIA
Evento: https://www.facebook.com/events/606951906393546/

The Zeros é uma banda americana de punk rock, formada em 1976 em Chula Vista, Califórnia. A banda era originalmente composta por Javier Escovedo na voz / guitarra e Robert Lopez na guitarra, ambos frequentavam a Chula Vista High School; Hector Penalosa (baixo) e Baba Chenelle (bateria), que frequentaram o colégio Sweetwater, a banda foi considerada uma pioneira do punk rock na costa oeste dos EUA.

Em 1977, The Zeros fizeram o seu primeiro grande concerto em Los Angeles no Orpheum Theatre. A abertura do concerto foi a primeira apresentação dos Germs, seguida de The Zeros e depois The Weirdos. O concerto foi promovido pela The Nerves. O primeiro single de The Zeros, “Wimp” em inglês, “Don’t Push Me Around” foi lançado em 1977 pela Bomp! Records, seguido pelo single “Beat Your Heart Out / Wild Weekend” em 1978.

Em 1978, Penalosa deixou a banda e entrou para F-Word em Los Angeles, e foi substituído por Guy Lopez, irmão mais novo de Robert Lopez. Logo depois, Robert saiu para tentar actuar em Hollywood e o seu irmão Guy também foi embora. Penalosa voltou à banda e eles continuaram como um trio e se mudaram para San Francisco. Em Março de 1979, a banda gravou um novo single, que incluiu as músicas “They Say That (Tudo Está Bem)”, “Girl on the Block” e “Getting Nowhere Fast”. Depois de mais tours que os levaram a Austin, Texas e Nova York, a banda separou-se.

Em 1995, a banda ressurgiu com um novo álbum, Knockin ‘Me Dead. Neste momento, os Zeros são um trio composto por Javier Escovedo, Baba Chenelle e Victor Penalosa.

 

DIA 23 – SÁBADO – TRICYCLES + BIRDS ARE INDIE | 6€
Evento: https://www.facebook.com/events/1679204975559734/

Imaginem um triciclo no alto de uma duna, a ver o mar, a sentir o sol quente nas rodas pintalgadas de areia, com uma certa comichão no volante por causa da humidade salgada, e a pensar: “Apetece-me apanhar o próximo barco para Marte e desviá-lo até ao centro do Sol”. É mais ou menos isto que os Tricycles são. Uma coisa vagamente improvável, um conjunto de kidadults de rumo duvidoso mas com histórias para contar, cheias de pessoas que poderiam existir. E de facto existem, em calmas músicas prontas a explodir, lentamente, a mil à hora, com suavidade, ou em rugidos de guitarras zangadas e pianos falsamente corteses, de rudes baixos a conversar com educadas baterias.

Os Tricycles são tudo isto e, claro, não são absolutamente nada disto, porque “isto” não passa de palavras que tentam descrever música – algo que, sabemos todos, é impossível de se fazer apropriadamente. Portanto, façamos uma pergunta para a qual tenhamos uma resposta: quem são os Tricycles? Os Tricycles são: o João Taborda (António Olaio & João Taborda), o Afonso Almeida (Cosmic City Blues, Sequoia), o Edgar Gomes (Terb) e o Sérgio Dias. Os Tricycles começaram a ser fabricados quando o Sérgio (bateria) e o Edgar (baixo) se juntaram ao Afonso (guitarra, voz) e ao João (guitarra, teclas, voz), que já andavam a fazer música juntos há algum tempo.

Os Tricycles gostam de andar na estrada, como qualquer veículo digno desse nome. A energia da lua no alcatrão quente sobe pelos pedais até ao volante e explode em concertos onde o público e a banda comungam raivas e melodias.

Os Tricycles gostam do estúdio, onde brincam como putos irrequietos no parque infantil. O single “All the mornings” é o primeiro exemplo dessas brincadeiras, um jogo de reflexos que poderia dar uma história, um irónico lamento contra o tic tac do relógio. Este single é o tema de avanço para o álbum Tricycles, primeiro da banda, gravado e produzido pelo Nelson Carvalho com os Tricycles, a sair a 29 de Março de 2019, editado pela Lux Records.

Os BIRDS ARE INDIE nasceram em Coimbra, entre Ricardo Jerónimo e Joana Corker, que se apaixonaram há 18 anos e aos quais se juntou Henrique Toscano, um amigo de longa data. Depois de alguns EPs, um tema do disco “How music fits our silence” foi incluído nos Novos Talentos FNAC 2012. Sendo uma banda independente, tem-se afirmado junto do público e da crítica, contando com uma discografia assinalável, em vários formatos, onde se incluem ainda “Love is not enough” (2014) e o mais recente “Let’s pretend the world has stopped” (2016). Já tocaram por todo o país e um pouco por Espanha, mas continuam a ser um projecto absolutamente descomprometido e nada virtuoso, onde o mais importante persiste, ainda: o amor e uma pop íntima e sincera, baseada em canções que umas vezes nascem alegres e outras vezes tristes, consoante ditam os dias…

A programação completa do mês de Março/2019 no Sabotage Club pode ser consultada aqui.

+info em facebook.com/SabotageRockClub/