2018 Concertos NOS Alive Reportagens

EDP Live Bands 2018, Churky vai ao NOS Alive

Foi na passada sexta feira, 18 de maio, que se realizou a 5ª edição do EDP Live Bands, a versão portuguesa. Numa final disputada com outras 8 bandas, no LX Factory, foi Churky, que ganhou o direito de atuar no NOS Alive e no Mad Cool Festival deste ano, para além da possibilidade de gravar o seu disco com a Sony.

+fotos na galeria Final EDP Live Bands’18 Ambiente

Ainda assim, para ter chegado à final, Diogo Rico Rodrigues, teve de ultrapassar as meias finais e chegar à final onde encontrou outras 8 bandas determinadas em garantir o seu lugar. Nesta quinta edição, assinalou-se o feito de mais de 6500 bandas já terem concorrido ao longo destes anos ao EDP Live Bands. Para este ano, Churky juntar-se-á aos vencedores das outras edições do EDP Live Bands do Brasil, Sound Bullet, e de Espanha, ainda por apurar.

+fotos na galeria Final EDP Live Bands’18 Entrega do Prémio

Blend

Apesar do forte contigente de fãs no público, Blend foram os primeiros a atuar e não ficaram propriamente para a história. O grupo de quatro amigos decidiu partilhar a sua paixão pela música, com – conforme dizem na apresentação – “ideias trazidas por cada um e trabalhadas em conjunto”. O que se viu nas duas músicas, é que embora num registo rock, vimos dois vocalistas com posições bem diferentes. Uma mais comodista e um mais aguerrido a puxar pelo público. Duas músicas e um início bem morno de EDP Live Bands.

+fotos na galeria Final EDP Live Bands’18 Blend

Bosque

Quem não passou do lume brando foram os Bosque. A banda lisboeta, até pode já estar habituada a palcos da capital, contudo é mais uma banda que explora os registos por onde outras bandas como Capitão Fausto e semelhantes já pisaram. O seu rock psicadélico ainda precisa de amadurecer, mas o potencial está lá. Quem sabe se daqui a uns tempos não voltamos a ouvir falar deles.

+fotos na galeria Final EDP Live Bands’18 Bosque

Brantner

Depois de um vídeo de apresentação de qualidade jocosa, fomos atordoados pelos Brantner. Outra banda que aposta em dois vocalistas, Marco e Evita Brantner, de Bruges, na Bélgica, vieram mostrar o que é feito o pop/rock alternativo belga. Ainda assim, deixou muito a desejar, pois só se viu foi um registo esforçado, embora com muita entrega mas sem paixão na melodia ou nas letras.

+fotos na galeria Final EDP Live Bands’18 Brantner

The Road

Do Algarve para Lisboa, vieram os The Road. Alexandre Jesus, João Graça e Rúben Santos deram voz a um pop rock que não encantou nem o júri nem o público. Algo meloso, os The Road ainda têm muito para melhorar, mas como os Bosque, o potencial está presente para algo mais. Para uma banda que se formou ao ano passado já mostrou muito talento.

+fotos na galeria Final EDP Live Bands’18 The Road

Churky

Com “Histórias” e “Tá bom, Adeus“, Churky foi o escolhido por parte do júri para ganhar o EDP Live Bands deste ano. Diogo Rodrigues, multifacetado artista e produtor, mostrou que tem uma grande banda, com instrumentos de som até a acompanhá-lo e que é o diferencial para ganhar a edição deste ano. Com influências folk, rock e blues, Churky mostrou a receita perfeita para ganhar a prova.

+fotos na galeria Final EDP Live Bands’18 Churky

Do Poster

A noite estava a aquecer, com as bandas a puxarem mais o interesse do público e também a melhorarem a qualidade musical, e para ajudar à festa entrou Do Poster. André do Poster é mais conhecido por ter sido um dos membros fundadores dos Throes + The Shine, banda bem conhecida já na música portuguesa. Agora a solo tentou seguir as influências do kuduro. Embora tivesse atitude e muita vontade em querer fazer espectáculo, simplesmente não contagiou o público presente, fazendo assim entender que o estilo musical não era o mais apropriado.

+fotos na galeria Final EDP Live Bands’18 Do Poster

Jupiturno

Vindos de outra galáxia, mas com muitos amigos terráqueos na plateia, Jupiturno tiveram a maior falange de apoio do concerto, com direito a bandeiras e a gritos inusitados. Ainda assim, não são os fãs que garantem o acesso ao NOS Alive, mas sim a atuação de que até incluiu ovelhas na projeção. Uma atuação interessante por parte de Tiago Bessa, Tiago Cunha, Frederico Carvalho e João Sousa, mas insuficiente para voos mais altos.

+fotos na galeria Final EDP Live Bands’18 Jupiturno

Medvsa

Já a chegar à reta final, entraram em palco os Medvsa. O duo formado por Constança Quinteiro e Ricardo Gonçalves mostrou que aquela atuação não era a primeira. E que já têm experiência e capacidade para voos maiores. Com o EP Inércia lançado em 2017, vieram demonstrar um pop-rock dançável e que foi uma lufada de ar fresco.

+fotos na galeria Final EDP Live Bands’18 Medvsa

Dead Pigeon

Para o fim, vieram de Almada os Dead Pigeon. O quarteto composto por Nuno Saraiva, André Bernardo, Pedro Vasconcelos e Ricardo Morgado mostraram em bom português que querem voar mais alto que os pombos. Donos de um rock intenso, ainda assim, insuficiente para superar a atuação dos Churky.

+fotos na galeria Final EDP Live Bands’18 Dead Pigeon

Antes do anúncio da banda vencedora, os Plastic People, os vencedores do ano passado, atuaram para o público e mostraram o que andaram a fazer este ano no estúdio da Sony. Com um som mais amadurado, mas ainda com um rock bem definido e musculado, fizeram ligar o radar para acompanhá-los nos próximos tempos. Como grande parte das bandas que atuaram no EDP Live Bands.

+fotos na galeria Final EDP Live Bands’18 Plastic People

Texto – Carlos Sousa Vieira
Fotografia – Luis Sousa