Opinião Reviews

Slift – Space is the Key, Replicar o espaço

Space is the Key é o nome do primeiro Ep do trio oriundo de Toulouse, Slift. Soam a algo entre Meatbodies, The Ohh Sees, King Gizzard e outros que tais mas trouxeram ao éter uma energia renovada. Se é certo que as “influências” são notórias, a verdade é que isso não lhes retira nem um pouco o mérito. vão passar por Portugal no âmbito da Iberian Tour com quatro datas; Leiria (Texas Bar, 17/07), Porto (Woodstock 69, 18/01), Lisboa (Sabotage Club, 19/01) e Barcelos (CCOB, 20/01). Aconselhamos seriamente a que não percam esta oportunidade!

O EP Space is The Key viu a luz do dia em Junho de 2017 pela editora Howling Bananas. São 36 minutos de pura distorção e energia electrizante. Pouco mais apetece que pular e a primeira coisa que me assaltou o pensamento aos 120 segundos de audição de Dominator foi “Como será que este trio se comporta em palco?” Basta ir espreitar alguns vídeos da banda ao vivo. A energia é contagiante e agarra o público enchendo a atmosfera de uma energia solta e juvenil.

Portanto o trio francês fez um Ep de 36 minutos onde condensou uma série de influências e por mero acaso todas elas exemplos de bandas com uma energia de palco avassaladora.

Dominator é a faixa de abertura e é através dela que entramos num fuzz sujo, com uma bateria demoníaca! Excelentes ingredientes para os que gostam de pular! Por outro lado as letras são de uma crueza naive, mas dura. “You Dominator, I see my future in your eyes”, ou ainda em “The Sword” onde afirmam peremptoriamente “We’ll never meet again, it’s all I know”. Assim, a toda esta energia e vivacidade crua e mágica, juntamos o ingrediente negro dos Slift, as suas letras obscuras e fortes, decididas e certeiras. “Sound in my Head”, um pouco mais pesada com uns riffs mais arrastados mantém a banda no rumo certo, na esteira da construção de um EP que nos dá que pensar, mas mais que isso, ou mesmo primeiro que isso, nos transmite uma energia feliz.

Space is the Key, faixa que dá o nome ao Ep, com os seus 10m e 17s, remete-nos para um transe assente na repetição a relembrar clássicos do género e finalizando em grande.

Uma interrogação persiste na audição deste EP: Se ao fazer um EP de 36 minutos o trio causa toda esta ebulição, que irá acontecer quando fizerem um álbum?

Audição obrigatória para todos os que gostam de ritmos frenéticos, guitarras sujas e toneladas de repetição!

+info em slift.bandcamp.com | facebook.com/sliftrock/

Texto – Isabel Maria