2015 Festivais Reportagens Vodafone Mexefest

Vodafone Band Scouting, novos talentos a caminho do Mexefest

Foi na passada sexta-feira que a Estação de Metro do Cais do Sodré recebeu o concurso de bandas da Vodafone, Vodafone Band Scouting.

No total foram 150 as bandas que concorreram, tendo passado 8 à semifinal. 4 horas de muita música, espera e ansiedade.

Os primeiros a abrir o palco foram os já conhecidos Lotus Fever. Com existência desde 2011, os 4 rapazes tentam criar uma amálgama de estilos. Em três músicas conseguiram tocar rock’n’roll, rock, rock progressivo, rock psicadélico, indie e ainda trazer uma balada e beats dançáveis. Embora tenha sido bom aperitivo, a timidez e a falta de garra não abonaram muito a seu favor, tal como o sistema de som.

De seguida, os lisboetas Quartoquarto vinham encher-nos de poesia. Uma melodia calma que tanto tinha de apaziguante como de inquietante era acompanhada por uma voz doce e firme que trazia uma poética de palavras cantadas em português. Um ritmo subtilmente sensual e exótico que por vezes se perdia por entre o vazio.

Os Galgo, também já conhecidos do público português, com uma legião de fãs já consolidada, trouxeram o seu psicadelismo que se enreda na teia do experimentalismo. As faixas longas, construídas à base de sintetizadores e guitarras psicadélicas, serviram para animar a plateia. A postura, com mais certezas e confiança é uma mudança clara no comportamento destes meninos.

Um dos melhores concertos deste fim de tarde vinha a seguir com os Flying Cages. Directamente de Coimbra trouxeram uma lufada de ar fresco e uma boa dose de rock! As influências eram notórias, havia riffs de The Strokes e de Artic Monkeys e a voz com pujança e confiança tal Alex Turner. Os verdadeiros reis do rock, com a melhor presença em palco do concurso e, sem dúvida, a melhor prestação. Felizmente as músicas eram curtas e o público teve direito a 5!

A passagem de testemunho para os Grainy Detours fez-se sentir com força. Com o vocalista dos Eat Bear, nasceram no Porto no corrente ano e são uma banda de rock. Com uns riffs bem trabalhados, a junção de acordes por vezes era pouco nítida, devido à qualidade do som que saia pelas colunas. Com uma voz que não se enquadrava muito no estilo musical, estes meninos revelaram-se demasiado introvertidos e com pouca presença em palco.

Avizinhava-se a melhor construção musical da noite! Os Paraguaii, com uma maturidade instrumental de louvar, os rapazes de Guimarães fizeram as delícias dos mais exigentes. Sem a intenção de se colarem a estilos, o som deles é corpulento e denso. Os riffs são trabalhados e as linhas de baixo cheias de presença e garra.

O palco era agora dos Defrosted Pork Chops. Também de Coimbra e com o baterista dos Flying Cages, estes meninos traziam algo a roçar no psicadélico. Um psicadelismo de sintetizadores já muito mastigados e pouco maduros em que as 4 faixas tocadas pareciam apenas uma. Tímidos e introvertidos, deixaram muitas peças soltas no ar.

Por último e já com um público mais escasso (muito devido às horas), tomam as rédeas os Strange Coats. Vindos de Aveiro, estes rapazes trazem música no sangue. Com algum Blues à mistura, remetendo subtilmente para um ritmo de The Doors, não deixam de ter uma sonoridade própria e original misturando vários estilos musicais. Tratou-se de um encerramento agradável aos ouvidos dos sobreviventes.

Os vencedores desta fase foram os Galgo e os Flying Cages que vão tocar no palco da Estação Vodafone FM, no Rossio nos dias 27 e 28 de Novembro no Vodafone Mexefest.

No dia 2 de Dezembro será revelada a banda vencedora que tem como prémio a edição de um álbum pela editora Pontiaq.

Os horários e distribuição dos artistas por palcos também já estão disponíveis, para os consultar basta fazer o download disponível aqui.

Mais informação em www.vodafonemexefest.com | www.facebook.com/VodafoneMexefest

Texto – Eliana Berto
Fotografia – Nuno Cruz