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Fred Pinto Ferreira: O homem que não pára

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Conhecemos o Fred da bateria na Orelha Negra, no 5-30 ou na Banda do Mar.

Recentemente nomeado para personalidade do ano, por parte da Aporfest, foi um reconhecimento que obteve pelo árduo trabalho que tem desenvolvido no último ano, sendo que, actualmente anda com um pé em Lisboa e outro no Brasil.

Pelo meio, ainda tem tempo para criar a sua editora, a Kambas e recentemente gravou com o seu pai um documentário, o WANTD, com o seu pai, Kalú (baterista dos Xutos & Pontapés).

Música em DX (MDX) – 2014 foi um ano e peras para ti. Banda do Mar, 5-30, Orelha Negra… criaste a tua própria editora. Como é que consegues encontrar tempo para tudo isto?

Fred Pinto Ferreira (Fred) – Eu só faço isto. Isto tornou-se a minha vida. Corro de um lado para outro, e tenho muito pouco tempo para ir passear. Sempre, sempre, sempre a trabalhar.

MDX – E depois estás sempre com um pé aqui e outro no Brasil.
Fred – E é bom. Eu adoro o Brasil, sinto-me bem lá. E tem sido um ano fantástico.

MDX – E como é trabalhar com a Mallu e o Marcelo?
Fred -Meus amigos de há muitos anos, que me fazem sentir muito bem. Fazem-me sentir muito na boa.

MDX – Portanto, nem sentes falta de Portugal.
Fred – Sinto um bocado. Sinto um bocado muito grande. Portugal é o meu país. Gosto muito de Lisboa. Mas também gosto muito do Brasil. Tenho equilibrado muito bem as saudades. Venho aqui de vez em quando.

MDX – E o que é que notas nos concertos, comparando Brasil com Portugal. Sendo que aqui em Portugal tiveste os dois em Lisboa esgotados, bem como o de Guimarães. Consegues notar alguma diferença?
Fred – Aqui em Portugal é bastante mais calmo, comparativamente com o Brasil. Lá é muito mais efusivo. Mas não é por ser mais calmo, que deixam de gostar do concerto. São duas formas diferentes, tanto de público como de nós tocarmos. Mas tem sido muito bom tocar com eles aqui, em sítios que eles nunca tinham tocado. E tem sido muito bom.

MDX – Falando da tua editora. Já tiveste agora um sucesso com o Jimmy P, no top 10. O que procuras com a tua editora, a Kambas?
Fred – Procuro ter os meus projectos que tiver, saírem por lá. E criar mais uma alternativa para a divulgação da música portuguesa. Com bandas novas, que eu gosto. Como tenho os estúdios, criar um espaço para tocarem lá. Epá, é mais uma ajuda, não é para atrapalhar ninguém, é só para ajudar. Levar a música portuguesa para fora. Para ajudar.

MDX – E ainda tens outro projecto. Desta vez a solo. O que estás a preparar?
Fred – Estou a preparar, mas não é para tocar ao vivo. Já me sugeriram tocar ao vivo, mas não me sinto confortável com a ideia. E tenho tido pouco tempo para me dedicar a terminar o disco. Mas vou tentar fazer este ano.

Texto – Carlos Sousa Vieira
Fotografia – Rita Justino
Evento – Talkfest’15