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Ciclo Preparatório com novo álbum “Se é para perder, que seja de madrugada”

Cinco anos volvidos desde a estreia, o Ciclo Preparatório está de regresso com o segundo disco de originais, “Se é para Perder, que seja de Madrugada“. Composto por 10 músicas, das quais já conhecíamos os singlesMelhores Dias Hão-de Vir“, “Cidade Adormecida” e “Caravela” (este último com videoclip em estreia na Blitz), foi editado via Internet nas habituais plataformas digitais e no Natal será alvo de edição limitada em Vinil.

Os concertos de apresentação deste trabalho acontecerão a partir de Fevereiro e incluirão passagens por Lisboa, Porto e Coimbra. Mais informações serão divulgadas em breve. O Bernardo Barata (Diabo na Cruz, Oioai, Feromona), que gravou este álbum, escreveu um texto muito bonito e relevante, que permite entender melhor o momento da banda:

CICLO PREPARATÓRIO – “Se é para Perder, que seja de Madrugada”

Por vezes a adolescência deixa-nos memórias quase viscerais sobre o que a vida nos dá, e o que temos para dar de volta nessa altura de desenvolvimento abrupto. Entre a higiene das ideias que absorvemos dos pais e do mundo desde crianças e a realidade que descobrimos, sobram sentimentos que, com sorte, jorram cá para fora. Calor e paixão, raiva ou agitação, dúvida e angústia, adeus e frustração, melancolia e humor, amor e ódio foram e continuarão a ser gasolina para escrever canções.

A fértil imaginação do Sebastião Macedo é de onde nasce grande parte desta música. É peculiar ter o baterista como principal compositor e escritor. É um tipo especial com um mundo muito próprio que se revela ora pessoal ora universal.

Ando em bandas há anos, e também já gravei umas tantas mais, e acho que nunca tinha visto esta dinâmica de banda. Durante os meses da gravação do disco fui conhecendo-os melhor e percebendo porquê e como estão juntos. Há aqui algo mais do que apenas para fazer música. Há muito amor entre o Graça, o Pape, o Francisco, a Benedita, a Constança e o Sebastião. Amizade à antiga é e será sempre algo grande e merecedor de celebração. Este disco anda entre esse amor e a perda da inocência da entrada na idade maior.

Depois de um primeiro disco que sai muito cedo – tinham todos entre os 18 e 21 anos – e que tem algum impacto, estes músicos entram agora noutra fase. A música do disco reflete o passar do tempo e julgo que algumas pessoas não reconhecerão a banda.

Acho que este é o melhor disco deles. Julgo que eles também acham. Estão vivos e num processo de mudança e crescimento. Estou certo que vamos ter mais surpresas com a música que fazem. Bernardo Barata
+info Ciclo Preparatório

Fotografia (capa) – Nuno Guerreiro de Sousa e Xavier Appleton