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“Zigur nas Damas” com Ulnar e Talea Jacta

Projecto colaborativo dos madeirenses Rui P. Andrade (HRNS) e Vitor Bruno Pereira (Aires, Verãopop, Shikabala) – membros fundadores do fulcro Colectivo Casa Amarela e ambos donos de uma respeitável carreira a solo -, Ulnar estreia-se finalmente nas Damas com um pé no excelente “Dreaming of Sailing Further West” e outro no que já preparam para o futuro.

https://ulnar.bandcamp.com/

Combinando influências como o ambient, drone e noise para criar paisagens sonoras vívidas, a maior vitória do duo é no entanto a transposição sonora da imponência pacífica da ilha da Madeira para o seu trabalho. Em Junho, a aparição do duo promete deixar a descoberto os profundos contrastes do nascimento vulcânico da ilha, explorando a extrema dualidade que aí reside.

Cúmplices da Zigur desde a sua passagem hipnotizante pelo ZigurFest de 2017, os Talea Jacta são Pedro Pestana (10 000 Russos, Tren Go! Sound System) na guitarra e João Pais Filipe (HHY & The Macumbas, Unzen Pilot, etc.) na bateria e percussões.

https://taleajacta.bandcamp.com/releases

Organismo difícil de definir – principalmente pela fluidez com que se movimentam entre géneros -, são um dos grupos mais entusiasmastes a surgir em Portugal nos últimos anos. Amigos do psicadelismo e do sentimento de transe, talvez valha a pena situá‑los num meio caminho entre o krautrock e o dub para não perdermos o norte, mas cientes de que eles arranjam espaço para explorar tudo o que fica pelo meio.

Seguir regras, saber transgredi-las. Na música, seja enquanto Dj, seja enquanto produtor, Moreno Ácido é mestre sabidão desse impulso de criação e de recombinação. Dos primeiros beats de hip-hop, no final dos anos 90, até ao EP de 2017, “91 FAHRENHEIT” (edição 1980), Moreno foi sempre um conhecedor indisciplinado, um estudioso desviante – um militante desse equilíbrio frágil, mas rico, entre percorrer uma matriz e abrir sempre novas brechas dentro dela.

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