2014 Festivais NOS Alive Reportagens

NOS Alive 2014 – Dia 3 – Entre Bastille e Palco Heineken

O dia começou com os portugueses The 7riots, num Rock & roll bem guitarrado e cantado de forma enérgica e aguerrida. A música produzida em Portugal está de boa saúde e recomenda-se pela mão desta banda viseense.

Tom Mash, Português de Cascais, um dos mais recentes talentos portugueses, tocava na rua antes de ser descoberto pelo Hard Rock Rising no qual foi o vencedor da edição Lisboeta deste concurso mundial promovido pelo Hard Rock. Natural nervosismo de quem está a começar nestas lides, o Palco Heineken acabou por ser uma boa moldura para o seu talento que teimava em esconder os momentos mais incómodos de quem aparece ao grande público pela primeira vez.

Caelum’s edge é outro exemplo que a música portuguesa está numa fase riquíssima. Existe muito talento português à solta e, a organização do NOS Alive não receia arriscar e dar uma oportunidade a estes talentos.

Embora tenha perfil para palco heineken, o palco NOS não foi demasiado grande para os We Can’t Win, Charlie Brown. O seu som de excelência contou, para além do muito vento que já se fazia sentir, também com um animado público que aderiu rapidamente ao som purista e alternativo desta banda.

Casa cheia e muita expectativa para ver o canta-autor e produtor americano Cass McCumbs no Palco Heyneken. O resultado foi de grande cumplicidade entre público e artista. Em breve vamos poder assistir de novo à arte da música vibrante de Cass McCombs e sua banda.

O Grunge esteve muito bem representado no Palco Clubbing pela banda inglesa Drenge, e o público adorou. NOS também. Rock pesado, guitarra a distorcer, bateria a ritmar, e muito público a aplaudir.

Num soul bem guitarrado e apoiado num excelente coro vocal, Black Mamba mostrou-se ao publico do Alive em forma e “back in town” tal como disseram. Aurea foi a convidada surpresa que trouxe mais brilho à prestação desta banda portuguesa.

No Palco Heineken “não cabia nem mais uma mosca” para assistir ao concerto de War On Drugs. Muito público, enorme expectativa, e uma boa energia por parte desta banda Indie que veio até nós proveniente dos Estados Unidos, Filadélfia, Pensilvania. Dos melhores concertos que assistimos no Alive, Mágico diríamos nós e dificilmente quem assistiu nos irá contrariar.

Dos esperados cabeças de cartaz deste festival, Bastille revelaram-se como dos mais “quentes” na interacção com o público, apesar das piores condições atmosféricas que claramente prejudicaram fãs, banda e organização na performance de ontem no Palco NOS. Demasiado vento prejudicaram todas as condições ideais, e obrigaram o staff técnico a baixar um dos ecrãs antes do inicio do concerto. Ainda assim, o público também ajudou a banda a realizar um dos grandes concertos do Alive deste ano.

Unknown Mortal Orchestra produziram mais um dos grandes concertos deste ano no NOS Alive. Elas há, as bandas, que mais pareceram nascer para “Palcos Heineken”.

Esta, onde se cruzam as nacionalidades Norte-Americanas e Neo-Zelandezas, é uma delas. Não faltou nada na receita, tivemos grandes músicos, voz invulgar, e um publico louco ávido de música alternativa ao chamado circuito mais comercial. A repetir em Portugal, por favor!!

Costuma-se dizer que não se deve voltar ao local onde já se foi muito feliz. Os Paus voltaram ao Alive, no seu registo “caos perfeitamente sintonizado”, e voltaram a ser (muito) felizes. Enormes perante uma das maiores audiências deste ano no Palco Heineken.

De Daughter recebemos o ritmo calmo, som envolvente, personalizada na voz feminina de Elena Tonra, e numa envolvência muito Indie não fosse o cenário o palco heineken do NOS Alive. Audiência numerosa, conhecedora, e muito fã desta banda inglesa.

Concerto em ambiente intimista com a iluminação de palco apropriada para o regresso em grande dos Daughter ao nosso país. A passagem de um dos seus maiores êxitos, “Youth”, levou ao rubro toda a assistência.

A mistura incrível da electrónica do talentoso artista australiano Chet Faker com a sua voz ao vivo em concerto faz dele um caso raro neste meio, e prova que a produção de música no estilo electrónico pode ser muito mais criativa do que já existe em grande quantidade por esse mundo fora. Não foi ao acaso que Chet Faker, apesar de estarmos já no terceiro dia de NOS Alive, e o seu concerto ter começado à 01h20, tinha à sua espera uma das maiores audiências do Palco Heineken da edição Alive 2014.

Texto – Luis Sousa
Promotor – Everything Is New