Backstage

“20 perguntas, 20 respostas”, com David Santos

20-perguntas-20-respostasDavid Santos é um dos nomes incontornáveis da música portuguesa actual. O seu talento é único, é genial, e a sua arte mostra-nos sem qualquer dúvida uma porta aberta a uma forma diferente de fazer música em Portugal.

Afinal, para se atingir o enorme sucesso dos projectos “Noiserv” e “You Can’t Win, Charlie Brown” basta apenas um conjunto inesperado e “inventado” de instrumentos e uma enorme dose de criatividade

Para ajudarmos a conhecer quem é David Santos, aka “Noiserv”, propusemos-lhe 20 questões que aceitou responder prontamente a este primeiro “20 perguntas 20 respostas” do Música em DX.

Música em DX (MDX) – Qual a origem do nome Noiserv?
David Santos (DS) – Surgiu de uma brincadeira de letras, vem de ler version na direcção oposta trocando o “e” com o “r”.

MDX – Qual foi o primeiro instrumento que aprendeste a tocar?
DS – Guitarra.

MDX – Qual é o instrumento que ainda gostavas de aprender?
DS – Acho que temos sempre que aprender mais qualquer coisa mesmo dos instrumentos que já sabemos tocar. Mas sendo um totalmente novo gostava de saber tocar instrumentos de sopro.

MDX – Qual é o álbum que não pode faltar na playlist?
DS – “Ok Computer” dos radiohead.

MDX – Qual foi o último álbum que ouviste?
DS – Inteiro de uma ponta à ponta, This is all yours dos Alt-J.

MDX – Qual foi o primeiro cd que compraste?
DS – Ten dos Pearl Jam.

MDX – Com quem é que gostavas de tocar?
DS – Com tanta gente. Mas assim dos mais conhecidos: Thom Yorke, Cat Power, Sufjan Stevens, entre muitos outros.

MDX – Quem é que consideras como a tua maior influência musical?
DS – Não acho que tenha uma “maior” influência musical, acho que tudo o que ouvi desde que me lembro me tem influenciado.

MDX – Onde é que te costumas inspirar, aquando das tuas letras?
DS – Nas coisas que me vão acontecendo, nas pessoas que vou conhecendo, nos meus sonhos e frustrações, ambições e derrotas.

MDX – Qual foi o concerto da tua vida (enquanto espectador)?
DS – Sem dúvidas o concerto de Sigur Rós no coliseu de Lisboa em 2003.

MDX – Estamos numa altura em que começam a ser anunciadas mais bandas para os festivais de verão. Há alguma que te desperte curiosidade em ver?
DS – Ainda não tive tempo para ver com atenção os nomes anunciados, mas para já gostava de rever o Alt-J no Alive 2015.

MDX – Alguma superstição antes de entrar no palco?
DS – Algumas, mas são segredo.

MDX – Para além da música que outras actividades/hobbies tens?
DS – Na realidade a música ocupa bastante mais que o dito horário laboral, acabando por preencher também o espaço de outras actividades, mas quando tenho um tempo livre gosto de ir Cinema.

MDX – Onde é que gostavas de tocar e ainda não tiveste oportunidade?
DS – Gostava de tocar em todos os sítios onde nunca toquei e se possível repetir todos aqueles onde já o fiz.

MDX – Se a tua vida tivesse uma banda sonora, qual seria?
DS – Acho que a melhor banda sonora para a minha vida são as minhas músicas, pois são elas que me resumem da melhor maneira.

MDX – Há algum momento, em palco, que te tivesse marcado de forma especial?
DS – Acredito que todos os concertos são especiais à sua maneira e por esse motivo não consigo escolher nenhum em particular.

MDX – Como consegues separar o projecto Noiserv do projecto You Can’t Win Charlie Brown?
DS – Dessa forma, são dois projectos diferentes, um sozinho outro com um grupo de amigos.

MDX – Que balanço fazes do sucesso que os You Can’t Win Charlie Brown teve com o último álbum?
DS – Acho que correu bastante bem. Um segundo disco é sempre difícil e há sempre muito receio da opinião das pessoas, mas felizmente sinto que não desiludimos ninguém!

MDX – Qual foi/é a música que te deu/dá mais gozo tocar?
DS – À semelhança dos concertos, também sinto que todas as músicas dão gozo tocar ao vivo, e à sua maneira se tornam especiais.

MDX – Vês-te a tocar outro género de música?
DS – Acho que sim, não tenho restrições neste campo, gosto apenas de ser coerente com aquilo que me apetece fazer. Se for outro género assim será.

MDX – Como é que te descreves, enquanto músico e pessoa?
DS – Difícil em poucas palavras. Mas, 32 anos quase 33, algumas coisas feitas e muita vontade de fazer mais algumas. Não acho que haja diferença entre o músico e a pessoa lutam os 2 pelas mesmas coisas, sentir-me realizado.

A generosidade de David é tanta que, em vez de a 20 perguntas, respondeu-nos a 21. É assim. E apetecia continuar.

David Santos estará em tour com concertos de norte a sul do país:
– 21 Fevereiro – Casa das Artes, em Miranda do Corvo.
– 7 Março – Cineteatro António Lamoso, em Sta. Maria da Feira.
– 13 e 14 de Março – Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Mais informação em
https://www.facebook.com/noiserv?fref=ts
http://www.noiserv.net/

Texto – Carlos Sousa Vieira