Com a missão de abrir este último dia de EVIL LIVƎ, tivemos os Faemine, banda oriunda de Lisboa que lançou o seu primeiro EP em Abril deste ano. E foi esse registo que apresentaram na integra. Com um Metalcore melódico, mas com varias nuances que os distinguem das outras bandas do género, meteram logo o público a mexer.
Perto das cinco da tarde e sob uns valentes 40ºC, sobe ao palco um dos maiores tesouros da música extrema do nosso país. Já com uns milhares de pessoas a assistir, GAEREA entregou uma experiencia que ultrapassou o mero concerto. Um ritual de Black Metal, carregado de angústia e de uma intensidade que poucas bandas conseguem reproduzir.
Vieram apresentar ao público o seu mais recente álbum, “Coma”, editado em Outubro passado. “Hope Shatters” logo a abrir definiu perfeitamente o tom do concerto. Blast beats rapidíssimos, riffs cortantes e uns guturais desesperantes conquistaram de imediato quem ainda desconhecia o conjunto.
Um espetáculo com um toque teatral, com um cenário e projeções a complementarem as incríveis máscaras e a adensarem o mistério característico da performance deste quarteto do Porto.
Um concerto sublime de uma banda que está a conquistar o mundo inteiro e que já justifica um horário de maior destaque.
No final, um anúncio de dois concertos no final do ano, dia 4 de dezembro no Hard Club (Porto), e no dia 5 de dezembro no Lisboa Ao Vivo (Porto).
Depois do cancelamento de Crossfaith, suecos ADEPT foram a última adição do cartaz. A celebrar uns respeitáveis 20 anos de carreira, estes veteranos do Metalcore mais clássico deram um espetáculo muito bem conseguido e interessante.
Revisitaram praticamente toda a sua discografia, onde a combinação de tonalidades mais agressivas e fases mais melódicas tiveram um efeito bastante positivo nos espectadores, que prontamente responderam com inúmeros mosh pits e muralhas de crowd surf.
A banda ucraniana era uma das mais esperadas do dia, e isso foi notório com o elevado numero de pessoas que se foi juntando ao palco assim que terminado o concerto anterior. JINJER veio apresentar ao EVIL LIVƎ o seu último registo, “Duél”.
O conjunto liderado por Tatiana Shmayluk mostrou mais uma vez o porque de ser uma banda talhada para grandes palcos. Com um Groove imenso a sair das colunas, a ligação com o publico começou logo desde o primeiro momento com “On The Top” e a energia tanto da banda como dos fãs nunca pareceu abrandar. Circle pits enormes na “Vortex” e na “Teacher Teacher” comprovaram isso mesmo. Destaque para o êxito que serviu de trampolim para o sucesso da banda, “Pisces”. Tema com que finalizaram o espetáculo e que praticamente toda a gente sabia a letra na ponta da língua. Os JINJER estão de regresso a Portugal para um concerto no dia 6 de Fevereiro de 2026 no Lisboa ao Vivo.
Antes do grande headliner do dia, FALLING IN REVERSE tomaram as rédeas do palco. Depois de esgotarem o Campo Pequeno há uns meses atrás, a banda de Ronnie Radke trouxe ao Estádio do Restelo o seu Heavy Metal mais Pop, com uma forte inspiração em Hip-Hop. Fizeram parte da setlist temas como “God Is a Weapon”, “Ronald” e “Watch the World Burn”.
Os astros estavam alinhados. No dia em que se comemorava o 25º aniversário do primeiro álbum de SLIPKNOT, os gigantes de Iowa encerram o cartaz desta edição do festival. Perante um Restelo esgotado, o entusiamos era mais que muito. Depois de vários minutos de atraso, sempre ao som de pop dos anos 80, eis que entra o velhinho tema do Knight Rider a marcar o inicio do espetáculo. E, para não variar, assim que se ouve os primeiros samples e acordes da “(SIC)” o caos estava formado. Pits monumentais espalhados por todo o lado, crowd surfs intermináveis, tudo desde o primeiro segundo.
A ausência de Clown, que não pode marcar presença devido a problemas familiares, mal se fez notar. A setlist prosseguiu com “People = Shit” e com uma bela surpresa, “Gematria (The Killing Name)”, do álbum “All Hope is Gone”. Um tema que fez brilhar ainda mais as qualidades de Eloy Casagrande que que demonstra o quão bem encaixa e faz sobressair ainda mais a agressividade característica da banda liderada por Corey Taylor.
Seguiu-se “Wait and bleed” e um pouco mais a frente, logo a seguir à “Psychosocial”, em jeito de interlúdio, o DJ Sid Wilson fez um remix live da “Tattered & Torn”. Antes do encore também não puderam faltar temas como “The Heretic Anthem” e uma das favoritas do público, “Duality”.
O encore foi constituído por 3 temas do primeiro álbum, o hino “Spit it Out”, a implacável “Surfacing” e uma brilhante versão estendida da muitas vezes esquecida “Scissors”. Foi mais uma performance fantástica de uma banda que é um ícone do género e que encerrou uma edição muito bem conseguida do EVIL LIVƎ.
Nota Editorial: O Música em DX foi informado sobre as restrições aplicadas relativamente à captação de fotografias do concerto de Slipknot, não tendo sido nesta sequência um dos meios autorizados para tal.