20180608 - Festival - NOS Primavera Sound'18 @ Parque da Cidade (Porto)
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NOS Primavera Sound 2018, Dia 8 – Sol no céu, festa em Terra

Está-se a praticamente duas semanas do Verão, mas o frio que se tem registado um pouco por todo o país nestes últimos dias quase que dá a entender que são meses que nos separam da estação mais calorosa do ano. Todavia, de vez em quando, o sol lá que vai aparecendo para nos relembrar que essa espera vai valer a pena.

Sucedendo a um dia chuvoso, que lá se foi alterando para somente nublado quando as atenções se focaram todas pelo Parque da Cidade, o segundo dia do NOS Primavera Sound implementou o ambiente que por todos era desejado: sol e calor.

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Com um ambiente propício a um festival pelo ar, levando a que os impermeáveis de ontem ganhassem descanso, o sol portuense começou a manifestar-se bem cedo pelo Palco Super Bock, ao som da banda barcelense Black Bombaim.

Com um público que dava, pela primeira vez este ano, uso da encosta que tem vista para o Palco Super Bock como assento, as influências psicadélicas e stoner dos Black Bombaim iam criando um ambiente pesado e envolvente por ali. Mesmo apenas munidos de uma guitarra, baixo e bateria, este power trio levou a cabo uma coletânea de sons tão complexos que, ao fechar-se os olhos, esquecíamo-nos por completo que aquilo era assinada por somente três músicos. Num dia em que o hip-hop seria a principal atração, foi o rock a iniciar as hostilidade, e que entrada rompante que foi!

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Quando subiram a palco, com este prolongado com um corredor para o dia, poucos eram aqueles que sabiam ou conheciam os IDLES, grupo punk britânico. Já no fim do concerto da banda, ninguém ficou indiferente a uma das atuações mais intensas em todo o festival.

Se fossem um produto de laboratório, os IDLES seriam uns Sleaford Mods caso estes trocassem o portátil por uma banda completa. Com uma atitude punk, arruaceira e rude, Joe Talbot cospe mais do que canta, mas quando o faz, é a valer: de tom rouco, o vocalista fala sobre a União Europeia, fake news, imigrantes, serviço nacional de saúde britânico e até mesmo de “prima-donas”. Ninguém está a salvo da ira de Talbot, cuja cara encadeava vermelho perante a intensidade que impunha nas canções de Brutalism.

Em frente a um paradoxal wallpaper rosa, com florzinhas a decorá-lo, e que em nada ia com a imagem da banda, os restantes membros dos IDLES ‘destruíam’ os seus instrumentos, ou não fosse a sua postura em tocar os mesmos carregada de raiva. Entre riffs de guitarra frenéticos e uma bateria endiabrada, os IDLES iam aumentando o calor do Palco NOS, no melhor arranque que o mesmo poderia pedir.

Já perto do fim, Talbot e Mark Bowen, o ‘guitarrista das patilhas’, juntam-se para uma caricata interpretação de “All I Want For Christmas Is You” – sim, o êxito de Mariah Carey, leu bem. “Daqui a pouco há The Breeders e Shellac. Depois… outras merdas quaisquer”. Que merdas são essas? A questão fica no ar, mas que o punk se mantém imaculado em pleno 2018, isso é algo que os IDLES deixaram como inquestionável.

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Face ao cartaz sempre ecléctico do NOS Primavera Sound, partiu-se em busca de novos ares, mais precisamente por uma brisa para refrescar do calor que ia levando a que as t-shirts se começassem a tornar na indumentária do dia. Em dia amarelo, nada mais apropriado do que o passar na companhia de Yellow Days, o nome artístico de George van den Broek.

Dezoito anos de idade e um mundo inteiro pela frente, Yellow Days era aquele concerto que os amigos recomendavam uns aos outros por ser “parecido com King Krule”. Comparação precipitada, consideramos nós, visto que há muito mais por descobrir no trabalho do pequeno George: forte admirador do trabalho de Ray Charles, o jogo de vozes de Yellow Days reúne nuances de jazz e soul para apresentar um timbre que em nada condiz com a idade e físico do artista, tornando-o singelo por entre o meio dos tantos desta geração.

De fatiota simples mas penteado extravagante, Yellow Days trouxe o melhor que o seu disco de estreia, Everything Okay in Your World?, tem para oferecer. Apesar de ainda pecar um pouco a nível de segurança e à vontade em palco, certamente pela inexperiência da idade, a verdade é que George van den Broek tem todo o potencial para fazer correr muita tinta daqui a uns anos, aposta essa expressa através de tema como “Holding On” e “The Way Things Change”. Quer fosse sentado pela relva ou junto das grandes, é certo que a opinião de que o concerto de Yellow Days tornou o dia 8 mais brilhante seria consensual entre todos.

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Tornou-se célebre enquanto baixista dos icónicos The Pixies. Mesmo quando ainda fazia parte da banda de “Where Is My Mind?”, Kim Deal fundou os The Breeders. Em 2008, a banda voltaria ao ativo e, passados dez anos, o NOS Primavera Sound teve o prazer em acolhê-los novamente.

Na companhia da gémea Kelley, as irmãs Deal repescaram o pop rock alternativo que vigorava na década de 90 para nos transportarem numa viagem pelo auge desses tempos. Revisitando os êxitos dos discos de The Breeders que mais furor fizeram na altura, Pod e Last Splash, o concerto da mais que simpática Kimberley e companhia certamente caiu em bom grado para os fãs que viveram a época, rejubilando quando se ouviu “Cannoball” e uma adaptação de “Gigantic”, dos The Pixies. Todavia, o mesmo não pôde ser dito das camadas jovens que já marcavam lugar para os concertos seguintes do Palco NOS, algo a que as pausas constantes para ajustes de falhas técnicas em nada ajudaram.

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Há cinco anos estiveram pelo NOS Primavera Sound. Há cinco anos que estão em falta pelos palcos portugueses. Depois de tanta espera, os Grizzly Bear estavam finalmente de volta a Portugal, mas quis-nos parecer que apenas os verdadeiros fãs do quarteto americano é que saciaram essa saudade, com um concerto incapaz de preencher as medidas a todos aqueles que decoravam o Palco Seat.

Não nos interpretem mal; ninguém questiona a qualidade dos Grizzly Bear, especialmente com um álbum tão bom como Painted Ruins, lançado o ano passado. Todavia, problemas técnicos fizeram com que a bateria, demasiado alta, ofuscasse o resto dos sons tão meticulosamente criados pelo grupo, mas quando o som que se idealizava para todo o concerto resultava, era uma autêntica delícia.

De alinhamento forte e coeso, repartindo-se de igual forma pelos últimos três discos da banda, os Grizzly Bear mostraram o porquê de terem sido apelidados como um dos maiores nomes de indie rock do virar desta década, com temas doces como “Fine For Now”, “Yet Again”, “Three Rings” e a inevitável “Two Weeks” a proporcionar um agradável fecho de tarde. Uma pena, porque quem os conhece, sabe que poderia ter sido um fecho bem mais do que apenas ‘agradável’.

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E se, de repente, o Parque da Cidade se tornasse num parque de diversões? Daqueles com carrosséis e montanha-russa? Muito provavelmente, Orono Noguchi não teria direito a experimentar metade das atracções dada a sua altura. Todavia, naquele metro e meio concentra-se um contagiante espírito de diversão incapaz de deixar alguém indiferente. Os Superorganism são um pouco isso: diversão disfarçada de electrónica quase a roçar o infantil, mas talvez por isso resulte tão bem.

Apesar da E3, a feira de videojogos de maior renome em todo o mundo, só ocorrer uns dias depois, a febre dos jogos de consola chegou mais cedo com os Superorganism, não só pelos efeitos sonoros dos mesmos e mensagens típicas como “round one” e “knock out” a decorar o palco, mas como também pelo contagiante espírito juvenil e colorido a levar a uma enchente moderada pelo Palco Pitchfork.

Interativos e inocentes, os Superorganism fizeram a festa com a sua pop electrónica e multicolorida, deixando toda o público, desde os fervorosos fãs até aos somente curiosos, de sorriso rasgado pelo rosto, encantados pelo universo nipónico por ali instalado. Entre “Prawn Song”, “Everybody Wants to be Famous” e “Something For Your M.I.N.D”, festa foi o que não faltou no concerto dos Superorganism, terminando com a pinipom Orono a cumprimentar e a distribuir setlists pela primeira linha das grades de forma apressada, talvez por já ter passado da sua hora de deitar.

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Mantendo o tema festivo que se tinha apoderado do Palco Pitchfork, apareceu Thundercat para o consolidar ainda mais, com a propensão rítmica de Stephen Lee Bruner a levar a cabo um concerto que de tudo teve um pouco; fosse  jazz, funk, hip-hop ou electrónica, a riqueza de sons deste produtor esteve mais do que evidenciada.

Com uma força indomável na produção de notas, Thundercat ‘prendeu-nos’ pelo seu labirinto de sons e ritmos, onde ao virar de cada esquina esbarrava-se num novo conjunto de harmonias e melodias. Desafiando as possibilidades que um baixo eléctrico consegue fazer, Stephen Lee Bruner evoluiu de gato a tigre num ápice, improvisando por entre temas com a perícia e destreza que muitos músicos apenas conseguem almejar a atingir um dia.

Em concerto dedicado ao amigo que falecera nesse dia, Anthony Bourdain, Thundercat gerou um turbilhão de groove, com “Tron Song”, “Captain Stupido” ou “Lone Wolf and Cub”. Sem dúvida alguma que foi das melhores homenagens a Anthony que poderiam ser feitas.

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Custou abandonar Thundercat mais cedo, mas o NOS Primavera Sound sempre levou os seus festivaleiros a tomarem decisões difíceis na escolha de concertos sobrepostos. Quando se chegou ao Palco Seat, já Fever Ray estava em palco a dar espectáculo, aliviando o sentimento de culpa que nos preenchia.

Bizarro, ousado e extravagante, tudo elementos que levaram a que o concerto de Fever Ray fosse um dos melhores do segundo dia do festival. Num espectáculo de excentricidades, com toda a trupe de Karin Andersson a envergar fatiotas reminescentes de vilões do Batman – Poison Ivy, Bane, Catwoman ou Mr Freeze – a verdadeira heroína foi a ex-The Knife, de maquilhagem excêntrica na cara e com uma t-shirt onde se lia “eu amo raparigas suecas”.

Com Plunge, o seu mais recente disco, repleto de crítica social e política, a emergir o público num universo de electrónica rica e variada, como exemplificada nos ritmos africanos em “Idk About You”, o festim frenético e imparável de Fever Ray contagiava todo o público, criando-se um caso sério de pista de dança onde ninguém faria questão de arredar pé, pelo menos não tão cedo.

Em palco vigorava um saudável freak show, um circo de aberrações que levava a cabo uma manifestação política, cem por cento feminista e duzentos por cento sexual, com cada canção a tornar-se num desafio perante as teatralidades com que Karin Andersson nos brindaria. Desde “To The Moon and Back”, “A Part of Us” e passando por “This Country”, Fever Ray assinou um dos concertos mais únicos e competentes neste segundo dia do NOS Primavera Sound, fazendo o público vibrar de tal forma que até nos suscitou o desejo de a ver em nome próprio.

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A nível dos nomes de hip-hop presentes nesta edição do festival, todos eles foram estreias por Portugal, mas coube a A$AP Rocky o estatuto de cabeça de cartaz. Sendo difícil encontrar lugar perto do palco, prolongado com o já mencionado corredor, e com uma enorme legião de fãs que contava desesperadamente os minutos para acolher o rapper, tudo nos levava a crer que a sua estreia seria feita de sucesso.

Antecipando a sua aparição por um DJ set que passava algumas das suas canções mais incontornáveis, talvez numa jogada de deixar o ambiente necessário para o concerto ou até mesmo para inquietar os fãs, que não tiravam os olhos da gigante cabeça de um crash test dummy, que remetia para o imaginário gráfico de Testing, a antecipação crescia a olhos vistos. E no preciso momento em que A$AP Rocky entra em palco, tudo o que o rodeava desabou por completo.

Arrancando ao som de “Distorted Records”, “A$AP Forever” e “Kids Turned Out Fine”, o público que cercava as imediações do Palco NOS e do seu corredor parecia estar toda a jogar ao “o chão é lava”, isto julgando pela saltaria desmedida que se passava por ali, tudo incentivando por A$AP Rocky que estava destemido em causar a rebaldaria; o palco e o público eram dele e ai de alguém que lhe dissesse o contrário

Com maquinetas que cuspiam fumo e fogo sempre que o drop aparecia, A$AP Rock é um autêntico entertainer, um monstro de palco sedento por implementar o caos. Já a nível de conteúdo, aí a questão torna-se um pouco mais discutível: de beats pré-programados a serem soltos pelo DJ que o acompanha, versos que são apoiados através de backtracks e um microfone que usou e abusou da distorção, não há muito por onde se pegue a nível de riqueza, o que não aconteceu na noite passada com Tyler, The Creator. Mas perante toda a energia e entrega que A$AP Rocky brindou o público português, o rapper lá que merece que se feche os olhos nesse aspecto.

Para quem esperou anos e meses para ver A$AP Rocky, certamente que não saiu desiludido, com o artista a comandar a plateia de início ao fim, desde a incentivar ao fumo de ganzas ao longo do concerto, à formação de um mosh pit gigante e que lhe aparassem a queda numa tentativa (falhada) de crowdsurfing, A$AP Rocky esmerou-se para dar um concerto que certamente preencheu as medidas de muitos. Como moeda de troca, viria a receber dois soutiens de fãs mais ousadas, contemplando-os de forma satisfeita com o seu sorriso dourado. Maroto, o gajo…

De “L$D”, recuando no tempo em “Telephone Calls” e “Yamborghini High”, até à muito celebrada “Fuckin’ Problems”, o calor que se foi verificando ao longo de todo um dia não passou apenas de um agente de combustão para que o festival incendiasse por completo ao som das bombas lançadas por A$AP Rocky. Com concertos como este, não admira que a aposta do hip-hop em festivais portugueses seja cada vez maior. E, a julgar por esta noite, não é difícil de perceber o porquê. Que continue assim, esperemos.

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Nunca o Palco Pitchfork esteve tão cheio para acolher uma banda ao longo da história de todo o festival. Quer fosse pela qualidade da banda que lá tocava ou como refúgio de festivaleiros para quem o hip hop simplesmente ‘não dá’, os Unknown Mortal Orchestra foram uma alternativa de luxo ao Palco NOS.

Chegou-se ao Palco Pitchfork e já Ruban Nielson se pavoneava pelo meio do público de guitarra em punho, momento este antecedido por um crowdsurfing inesperado do vocalista e guitarrista do projecto neozelandês. Numa altura em que os temas mais antigos da banda eram tocados, como “Ffunny Ffriends” e “So Good At Being in Trouble”, os fãs dos Unknown Mortal Orchestra tiveram a possibilidade de recuar ao passado onde a banda era ainda uma espécie de ‘segredo’ das grandes massas, antes de se ter tornado na bela pérola polida que é nos dias de hoje.

Por entre um rock psicadélico que vai roubar influências a música funk e R&B, especialmente nos últimos dois discos, a sonoridade dos Unknown Mortal Orchestra é de fácil digestão, com o público a deixar-se embalar pelos riffs vibrantes e coloridos dos novos temas de Sex & Food. Face à afluência de público que a banda tinha pedido ‘emprestada’ a A$AP Rocky, cujo som por vezes se notava em temas como “Ministry of Alienation”, “Multi-Love” juntou toda a plateia numa explosiva sessão de palmas, relembrando a da Islândia no Europeu 2016, cujo eco certamente se ouviu a quilómetros de distância.

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Terminando ao som da sempre festiva “Can’t Keep Checking My Phone”, um dos temas melhores conseguidos de Multi-Love, os Unknown Mortal Orchestra foram a melhor maneira de dar por terminado um dia extenso e repleto de bons concertos, embora ainda tenha havido uns quantos valentes a permanecerem neste palco para dançar pela electrónica de Floating Points.

Com o cansaço a tomar conta de nós, foi horas de sair do Parque da Cidade e recarregar forças para o abalo emocional que Nick Cave & The Bad Seeds trariam no dia seguinte ao Parque da Cidade.

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Texto – Nuno Fernandes
Fotografia – Luís Sousa
Evento – NOS Primavera Sound’18