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O dia 27 no Rock In Rio, dissabores em tons de Korn

Dia 27, um dia muito esperado para os amantes do rock, mas que também trouxe alguns dissabores. Avancemos para o palco que mais continuou a surpreender, o Palco Vodafone FM.

Coube aos Cave Story abrir as hostes, já com o tradicional pouco público, coisa que dificilmente compreendemos após o sucesso do palco nos dois dias anteriores, e foram iguais a eles mesmo. Amigos e de uma grande cumplicidade, os vários palcos por onde têm passado têm-lhes dado a confiança e maturidade para actuarem de forma natural, mostrando que nas Caldas da Rainha também se faz bom rock, colocando assim o seu Garden Exit em acção.

Seguiram-se os The Glockenwise, outra banda portuguesa que tem um dos singles que mais fica na cabeça de quem o ouve – Heat. E com o Verão a aproximar-se é mesmo esse calor que queremos sentir e em palco eles sabem como transmiti-lo. Facilmente conquistam quem os vê e temos a certeza que os possíveis habitantes da cidade do rock que estavam ali a vê-los e não os conheciam foram para casa ouvi-los novamente. É estarem atentos à agenda e apanhá-los por aí novamente!

A última banda do dia do palco Vodafone FM, uma aposta internacional, foram os Metz. Sem palavras! A energia que se fez sentir no seio dos três músicos foi completamente contagiante e o público não se mostrou nada tímido, alinhando no habitual mosh que estas sonoridades e performances apelam. Um grande concerto que fecha assim de forma irrepreensível o palco dos novos/grandes talentos nacionais e internacionais.

Neste dia decidimos também acompanhar o Palco Mundo. A sonoridade rock que o alinhamento trazia, e a possibilidade de fotografarmos as performances, apelou à nossa presença, pena os problemas técnicos que se fizeram sentir.

Comecemos com Rival Sons, a banda de Long Beach, e a sua tarefa ingrata de abrir um palco para milhares de pessoas. O aviso veio de início por parte da própria banda, que não seria fácil cativar assim tanta gente num primeiro concerto, mas pudemos encontrar pelo menos um cartaz com a inscrição “Welcome Rival Sons”. Não sendo a banda pela qual todos esperavam, cumpriram bem o papel de abrir o maior palco de um dos dias mais esperados por todos os fãs Rock In Rio.

Eis que chega a hora dos Korn, banda que toda a gente conhece, nem que seja de nome, e cuja legião de fãs em Portugal apareceu em peso com uma presença massiva neste dia do Rock in Rio. O concerto servia de início à tour da banda que acabou por tocar apenas meia hora, devido aos vários problemas técnicos que se fizeram sentir desde o início. Ainda assim, podemos dizer que foi uma meia hora em que a força e o poder da banda se fez sentir. Em condições normais seria a banda que fecharia o dia, mas esse destaque seria dado ao consórcio Alice Cooper, Johnny Deep e Joe Perry.

O Palco Mundo fechou com a “super banda” – pelo seu mediatismo e não tanto pelo resto – Hollywood Vampires, num tributo já esperado aos falecidos amigos. As três estrelas ao melhor género de Hollywood celebraram em bom tom essas memórias e ficámos assim a conhecer uma nova faceta do actor, que só por si arrasta umas boas centenas de fãs por onde passa. Embora tenham proporcionado um bom espetáculo, ficamos por aqui, e insistimos na ideia de Korn como headliner deste dia.

+info em https://www.musicaemdx.pt/category/reportagens/festivais/rock-in-rio-lisboa/

Texto e Fotografia – Nuno Cruz
Evento/Promotor – Rock In Rio Lisboa 2016