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The Dirty Fences ao vivo no Sabotage Club

Confesso que até poucos dias antes do concerto no passado domingo, 29, nunca tinha ouvido falar dos Dirty Fences. Mas quando li que vinham de Nova York e que practicavam um punk rock “à la” Dictators, Richard Hell ou até Johnny Thunders, fiquei curioso…

Logo após as prestações dos Sky Manta e dos Mighty Sands, (dos quais falarei um pouco mais à frente), entram os Dirty Fences.

Com uma energia quase avassaladora e uma atitude irreverente (como será próprio em bandas deste estilo), os Dirty Fences, não me desiludiram, muito pelo contrário. O seu rock ‘n’ roll rápido e poderoso, remeteu-me bastantes vezes ao rock, que eu não chamaria de punk rock, a não ser pela atitude em palco, mas sim, de um de um rock ‘n’ roll digno de bandas que poderiam muito bem ter tocado no CBGB’s no Bowery em NYC.

 

Entre copos de cerveja, golos de tequila que o baterista bebia directamente da garrafa, e copos de vinho, os Dirty Fences meteram o público que quase encheu a sala do Sabotage ao rubro. Ao fim de quase uma hora de espectáculo, “encores” incluídos, em que apresentaram o seu último longa duração “ Full Tramp”, estes 4 rapazes de Nova Yorque chegaram, viram e venceram. Ou seja, arrasaram!

Antes deles, tocaram os Sky Manta, banda de Lisboa, com um som forte a roçar mais o “grunge” que o “stoner” mas em estilo “jam session”, contudo com uma excelente prestação em palco.

Logo após, os Mighty Sands (que anteriormente se chamavam Los Black Jews) e com um tipo de som que podemos comparar a uns Allah-Las com uns laivos de surf rock, prepararam o público para um concerto que poderá estar entre os melhores que passaram na sala do Sabotage.

 

Texto – David Polido
Fotografia – Ana Pereira